![Captura da transmissão televisiva do Euro2024, num momento em que o selecionador nacional fala aos atletas. Cristiano Ronaldo surge sentado no meio de uma roda formada pelos seus colegas.](https://shifter.pt/wp-content/uploads/2024/07/GRwVUVsbQAA1krG.jpg)
Cristiano Ronaldo, um ativo especulativo rodeado de jogadores
Os 486 minutos de Ronaldo no Euro 2024 mostram como a busca por retornos financeiros consegue distorcer a lógica competitiva do desporto rei.
Os 486 minutos de Ronaldo no Euro 2024 mostram como a busca por retornos financeiros consegue distorcer a lógica competitiva do desporto rei.
“O problema aqui não é historiográfico ou circunscrito aos discursos públicos que versam sobre a história e memória colectiva. É uma janela a partir da qual nos podemos interrogar sobre o sentido destes debates na contemporaneidade.” José Pedro Monteiro, historiador, explora neste ensaio como questões do passado colonial português reverberam e se reconfiguram na atualidade.
Se o design tem efetivamente um papel político, na polémica em torno do logótipo do Governo/República foi usado como arma de arremesso. Com isso, perdeu-se uma excelente oportunidade para reflectir sobre design no espaço público.
Eyal Weizman arquitecto, investigador, professor e fundador da Forensic Architecture, agência de investigação de Goldsmith, falou com o Shifter sobre o projecto colonial israelita, os mais recentes acontecimentos, e a forma como tudo isso se cruza com a prática da agência.
Joana G. Sá é uma das vozes que se tem feito ouvir no nosso espaço público na defesa de mais e melhor ciência. Formada em Física, descreve-se como uma Cientista Social e procura colocar os métodos quantitativos ao serviço dos problemas da sociedade.
A proposta deste texto é simples, e é, na verdade, a de não propor nada. Trata-se de pensar sobre possibilidade e de iniciar uma discussão que parece estar a ser constantemente adiada há quase um século, pelo menos desde as previsões de 1930 de Keynes.
Falar para os arquitetos de um medo inventado na sua linguagem, refutando os factos (leia-se, mentiras) que apresentam, nunca nos salvará precisamente porque o que os move não é a reposição da verdade, mas sim a imposição do poder.
Os memes que se aproveitam da saudade de épocas passadas são retrobait, acumulando gostos e partilhas em nome de uma nostalgia acolhedora. Mas, por detrás desse sentimento caloroso e confuso, há empresas digitais a extrair os teus dados e a ganhar dinheiro com a tua saudade.
O Shifter publica um excerto de Terra Queimada, de Jonathan Crary, crítico de arte e professor de Teoria e Arte Moderna na Universidade de Columbia, em Nova Iorque.
Horas antes da sessão especial no Batalha do filme “Vestida de Azul”, organizada pelo Queer Lisboa, Valeria Vegas, autora da biografia de Veneno, encontrou-se com o Shifter no foyer de um hotel da Avenida dos Aliados.
Práticas culturais absolutamente arbitrárias parecem suceder-se em catadupa — poderá isso estar relacionado com status?
João Ribeiro é o psiquiatra por trás da implementação do primeiro programa de terapia assistida por ketamina, num hospital público, na Europa, bem como da primeira clínica em Portugal, Liminal Minds, a possibilitar o tratamento assistido com esse fármaco.
“As Três Irmãs”, peça vencedora do Prémio Amélia Rey Colaço TNDM II, chega a cena pelas mãos de Tita Maravilha. Mostra-nos como celebrar “a individualidade dentro do coletivo”.
Marco Baravalle e Emanuele Braga estarão no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, para uma apresentação ao vivo do manifesto Art for UBI. Antes disso, responderam a algumas questões sobre este trabalho e o seu tema central, o Rendimento Básico Incondicional (RBI ou UBI, na sigla em inglês).
No 5º Encontro Com Impacto convidamos o filósofo André Barata para uma conversa ao vivo sobre Capitalismo e Saúde Mental. Uma relação improvável e audaz, resultado de uma forma de ver e estar no mundo sem medo do questionamento e da busca por uma outra forma de vida.
Em 2010, a Rússia ganhou a votação para organizar o Mundial de 2018 e, para a surpresa de muitos, nesse mesmo dia o Catar foi escolhido para organizar o torneio seguinte, em 2022.
Quando no último domingo, Carolina Valentim saiu de casa de câmara fotográfica ao ombro, não conseguia prever o desfecho daquele dia, mas já tinha uma certeza: seria um momento histórico. Carolina é fotógrafa, natural de Lisboa, e vive há 8 anos em São Paulo. Não é brasileira, mas já sente as dores e as alegrias do Brasil como suas. Publica no Shifter uma fotorreportagem dos “dias mais felizes” da sua vida.
No meio de um relativo vazio programático foram apresentados os habituais diagnósticos estruturais da nação. No entanto, estes chavões tendem a ser uma constante repetição dos desafios históricos da sociedade portuguesa, e acabam por dificultar o nosso entendimento das mudanças a acontecer debaixo dos nossos pés.
Refastelada no sofá, aperto o botão do play para dar uma oportunidade à primeira temporada de Next in Fashion, programa norte-americano dedicado à competição de
Ainda que complexa do ponto de vista geográfico, político e histórico, a guerra na Ucrânia fez-nos reassentar os pés na terra e olhar de uma
“Na consulta, mostrei a tomografia ao reumatologista, que me disse que o que aparece não é significativo para a sintomatologia que apresento. De seguida, tocou em vários pontos do meu corpo e, de acordo com o relatório que ele escreveu, apresentei dor em 15 dos 18 pontos, tenho fibromialgia. É assim que ainda se faz o diagnóstico desta síndrome.”
Em 1989, na sequência da queda do muro de Berlim, Francis Fukuyama proclamava o fim da história. Perante a desagregação do regime soviético e do
“How to become data and dissolve into tears”, projeto-piloto de digitalização ao vivo, é um espetáculo pensado para testar os limites da performance numa altura em que o digital é mais do que uma promessa, um universo de possibilidades, criado por João Estevens – artista associado à Rabbit Hole e investigador em ciência política.
O impacto causado pela pandemia no panorama cultural vai muito além das restrições implementadas desde março de 2020. Se no último ano artistas, produtores e
Nas últimas décadas, passados mais de 150 anos deste episódio fundador, tem-se vindo a banalizar o uso da palavra libertário para caracterizar um conjunto de ideias antagónicas àquelas a que nasceu associada como categoria política.
Embora possa ser questionada, é inegável a herança histórica e as afinidades que Portugal e Marrocos partilham ao longo dos últimos 70 anos.
Situada na Quinta do Loureiro, bairro de realojamento a social construído no Vale do Alcântara, a sala de consumo assistido, pioneira no país, recebe mais de 120 utentes diariamente, para consumo assistido intravenoso e fumável.