O contrário da violência. Registos de uma residência artística na Palestina
No final de maio de 2024, Jule Kurbjeweit viajou até Belém para uma residência artística no vale de Cremisan. Este é o registo do que viveu.
No final de maio de 2024, Jule Kurbjeweit viajou até Belém para uma residência artística no vale de Cremisan. Este é o registo do que viveu.
“A massificação das imagens tornou o órgão da visão em mero recetor acrítico”. A partir de referências visuais, Maribel Sobreira escreve sobre a forma como vemos o bem e o mal e tudo o que está no meio.
Em memes, danças e até na ida ao supermercado, brat estava em todo o lado, até nas presidenciais norte-americanas. Mas se Kamala Harris É brat, o que é, afinal ser brat?
De que é que serve um calhamaço? Para quê escrever em muito algo que se podia escrever em pouco? As possibilidades de resposta devem ser quase infinitas, mas para mim tem tudo a ver com a operação que este formato permite — ou as operações dentro das operações, vá.
Debruçando-se sobre a relação com o espaço e o corpo, a tecnologia e a desmaterialização do capitalismo, o conhecimento e a ignorância, a crítica e o tempo, Marina Garcés mostra-nos a importância de questionar e criticar o que damos por adquirido.
As grandes revoluções também se fazem de pequenos gestos. E nem todos terão um lugar na História proporcional à sua real importância. Nem todos serão dignos de notícia ou atenção. Likes ou visualizações. E muitos menos serão tornados símbolos, onde voltamos uma e outra vez. Mas isso não nos deve demover.
O Shifter publica um excerto de Sair da Nossa Impotência Política de Geoffroy de Lagasnerie, traduzido por Diogo Paiva e editado em português pela BCF Editores em Novembro de 2021.
Se o design tem efetivamente um papel político, na polémica em torno do logótipo do Governo/República foi usado como arma de arremesso. Com isso, perdeu-se uma excelente oportunidade para reflectir sobre design no espaço público.
Somos “equiparados a jornalistas” e não jornalistas de plenos direitos – só de plenos deveres. De qualquer forma, no dia 14 de Março não publicaremos nada no Shifter nem no LPP, e juntamos o nosso silêncio ao dos demais que nesse dia procuram, pela gravidade da ausência, fazer ouvir as suas reivindicações.
The Zone of Interest é uma obra que foge a todo e qualquer padrão habitual daquilo a que a dita “narrativa de holocausto” nos foi habituando, relegando novamente o romantizado à condição de estranho e alienígena — portanto, realista e humano — que sempre lhe pertenceu.
“A ciganidade não é só o antigo, é o que nós somos agora também”, diz a bailarina Kali Musa. A Bestiário, estrutura que celebra esta semana seis anos, e Maria Gil, atriz e ativista cigana, juntam-se no espetáculo Homo Sacer e provam-no.
Quais são os perigos que enfrentamos quando contamos uma história na perspetiva do olhar dominante? Pensadores e ativistas refletem sobre o perigo da História Única e a riqueza do conhecimento ancestral. Este artigo foi publicado originalmente na revista Shifter #2, em fevereiro de 2021.
Conversámos com Cristèle Alves Meira, realizadora do filme Alma Viva, numa das suas últimas vindas a Portugal. Uma conversa sobre cinema, bruxas e heranças.
“Memória de um dia vazio” é um dos textos da coletânea O Último Sonho, o livro autobiográfico de Pedro Almodóvar. Fala-nos na primeira pessoa sobre Andy Warhol, Basquiat, Leïla Slimani e do ato de escrever.
Rafaela Ferraz, co-autora do livro “Death And Funeral Practices In Portugal”, é a nossa guia numa visita guiada por museus que expõem restos mortais humanos.
Juntar o filme “News from Home” ao livro “Uma Família em Bruxelas” é o início da construção da arte de um auto-retrato de Chantal Akerman que aterra na “mentira” para contar a verdade.
Práticas culturais absolutamente arbitrárias parecem suceder-se em catadupa — poderá isso estar relacionado com status?
“As Três Irmãs”, peça vencedora do Prémio Amélia Rey Colaço TNDM II, chega a cena pelas mãos de Tita Maravilha. Mostra-nos como celebrar “a individualidade dentro do coletivo”.
Primeiro Estocolmo, depois Paris. Na Renaissance World Tour, vi Beyoncé celebrar a descolonização e a reparação histórica.
Usando o espaço de forma criativa, adaptada às necessidades emergentes e explorando tendências inovadoras que as tornem mais apelativas, a biblioteca pode ter um papel centralizador no complexo mundo da informação.
Meses depois de Jordan Peele estrear Nope, o seu último filme, Rita Mota convida-nos a olhar criticamente para o que existe além das imagens.
Se em janeiro de 2020 Hause Plants era um projeto que era uma espécie de projeto de quarto de Guilherme, atualmente Hause Plants é muito mais do que isso. É uma banda rock completa e funcional. Agora, em 2023, prepara-se para o iniciar o ano com o pé direito.
Prémios, entrevistas, um estúdio em expansão… Os fãs celebravam a grande vitória da criatividade sobre a incessante repetitividade de franchises e o fetichismo do realismo, e os criadores agradeciam publicamente a Marx e Engels na recepção dos Video Game Awards. Mas, como diz a frase tornada célebre pelo antropólogo russo Alexei Yurchak, “tudo era para sempre, até não o ser mais.”
Neste ensaio pretende-se problematizar o tema da autoria, em particular, questionar a sua natureza intemporal e definitiva. Uma intenção porventura pretensiosa, mas que não é mais do que uma tentativa de dissecar uma questão sem encará-la como um obstáculo a superar.
Falámos com Rui Torres, um dos destacados nomes da investigação e prática de Literatura Electrónica em Portugal, em jeito de antecipação da conversa ao vivo, que vai decorrer nesta quinta-feira, 13 de Outubro, no Goethe-Institut Lisboa.
Uma história sobre a complexa relação das redes sociais na adolescência e na saúde mental.
O Festival da Nova Bauhaus Europeia, realizado em Bruxelas entre 9 a 12 de Junho, teve como objectivo celebrar mas também fomentar a discussão em torno da Nova Bauhaus Europeia. Através de impressões e observações recolhidas ao longo da sua primeira edição, contribuímos para um debate sobre a NBE que se quer mais aberto, mais crítico e cada vez mais participado. E que só agora começou.