Cultural

Imagem de duas borboletas pretas com riscas brancas nas asas, pousadas sobre uma flor de cor laranja. A imagem está alterada com alguns efeitos que tornam os contornos dos vários elementos ténues, como se simbolizasse uma recordação. Sobre este efeito existe ainda uma textura que se assemelha a papel de jornal. Esta sobreposição de efeitos relaciona-se com a temática do texto, a mediatização das imagens.

Borboletas e Baratas: O Belo, o Feio e a Banalidade do Mal

“A massificação das imagens tornou o órgão da visão em mero recetor acrítico”. A partir de referências visuais, Maribel Sobreira escreve sobre a forma como vemos o bem e o mal e tudo o que está no meio.

A grande revolução dos pequenos gestos

As grandes revoluções também se fazem de pequenos gestos. E nem todos terão um lugar na História proporcional à sua real importância. Nem todos serão dignos de notícia ou atenção. Likes ou visualizações. E muitos menos serão tornados símbolos, onde voltamos uma e outra vez. Mas isso não nos deve demover. 

Sair da Nossa Impotência Política

O Shifter publica um excerto de Sair da Nossa Impotência Política de Geoffroy de Lagasnerie, traduzido por Diogo Paiva e editado em português pela BCF Editores em Novembro de 2021.

Notas sobre logótipos, design, política e função

Se o design tem efetivamente um papel político, na polémica em torno do logótipo do Governo/República foi usado como arma de arremesso. Com isso, perdeu-se uma excelente oportunidade para reflectir sobre design no espaço público.

“Equiparada a greve”. Shifter junta-se à Greve de Jornalistas

Somos “equiparados a jornalistas” e não jornalistas de plenos direitos – só de plenos deveres. De qualquer forma, no dia 14 de Março não publicaremos nada no Shifter nem no LPP, e juntamos o nosso silêncio ao dos demais que nesse dia procuram, pela gravidade da ausência, fazer ouvir as suas reivindicações.

Imagem de uma cena do filme, em que um personagem vestido com um fato branco surge de pé junto a uma pequena piscina onde algumas crianças brincam.

The Zone of Interest e como (não) se retrata um genocidio

The Zone of Interest é uma obra que foge a todo e qualquer padrão habitual daquilo a que a dita “narrativa de holocausto” nos foi habituando, relegando novamente o romantizado à condição de estranho e alienígena — portanto, realista e humano — que sempre lhe pertenceu.

A história única é o abismo do conhecimento 

Quais são os perigos que enfrentamos quando contamos uma história na perspetiva do olhar dominante? Pensadores e ativistas refletem sobre o perigo da História Única e a riqueza do conhecimento ancestral. Este artigo foi publicado originalmente na revista Shifter #2, em fevereiro de 2021.

“Memória de um dia vazio” de Pedro Almodóvar

“Memória de um dia vazio” é um dos textos da coletânea O Último Sonho, o livro autobiográfico de Pedro Almodóvar. Fala-nos na primeira pessoa sobre Andy Warhol, Basquiat, Leïla Slimani e do ato de escrever.

O Corpo no Museu: Um Guia para Visitantes

Rafaela Ferraz, co-autora do livro “Death And Funeral Practices In Portugal”, é a nossa guia numa visita guiada por museus que expõem restos mortais humanos.

Status, um glossário possível

Práticas culturais absolutamente arbitrárias parecem suceder-se em catadupa — poderá isso estar relacionado com status?

Elas são três irmãs e voam com destino ao sucesso

“As Três Irmãs”, peça vencedora do Prémio Amélia Rey Colaço TNDM II, chega a cena pelas mãos de Tita Maravilha. Mostra-nos como celebrar “a individualidade dentro do coletivo”.

Imagem de uma escadaria em espiral, formando quase a forma de um olho. Escadas da biblioteca Oodi em Helsínquia.

O espaço do conhecimento na sociedade da informação

Usando o espaço de forma criativa, adaptada às necessidades emergentes e explorando tendências inovadoras que as tornem mais apelativas, a biblioteca pode ter um papel centralizador no complexo mundo da informação.

Disco Elysium e o colectivo ZA/UM que conquistou o gaming mas acabou conquistado

Prémios, entrevistas, um estúdio em expansão… Os fãs celebravam a grande vitória da criatividade sobre a incessante repetitividade de franchises e o fetichismo do realismo, e os criadores agradeciam publicamente a Marx e Engels na recepção dos Video Game Awards. Mas, como diz a frase tornada célebre pelo antropólogo russo Alexei Yurchak, “tudo era para sempre, até não o ser mais.”

P de Plágio. Notas sobre autoria e autoridade

Neste ensaio pretende-se problematizar o tema da autoria, em particular, questionar a sua natureza intemporal e definitiva. Uma intenção porventura pretensiosa, mas que não é mais do que uma tentativa de dissecar uma questão sem encará-la como um obstáculo a superar.

Uma nova Bauhaus é possível? Sim, se nós quisermos

O Festival da Nova Bauhaus Europeia, realizado em Bruxelas entre 9 a 12 de Junho, teve como objectivo celebrar mas também fomentar a discussão em torno da Nova Bauhaus Europeia. Através de impressões e observações recolhidas ao longo da sua primeira edição, contribuímos para um debate sobre a NBE que se quer mais aberto, mais crítico e cada vez mais participado. E que só agora começou.