Entrevista

Xullaji: “A comunidade negra foi sempre presença incómoda em Lisboa”

Xullaji é um nome incontornável no panorama do hip-hop português. Mas o seu trabalho e a sua influência vão muito além das fronteiras do género; com uma consciência política aguçada e uma curiosidade ávida, falou com o Shifter sobre o seu percurso e as suas mais recentes reflexões em torno dos algoritmos que inspiram trabalhos como Templo de Sílica.

Ilustração que serve de avatar de Derek Guy no Twitter.

A moda como uma consequência da vida, uma conversa com Derek Guy

Alex Couto falou com o menswear guy, a autoridade de moda imposta pelo algoritmo de Twitter capaz de conquistar os corações sartoriais (um thread de cada vez). Uma conversa sobre moda e a forma como podia ser uma consequência da vida, em vez de um fim em si mesmo.

Emily Bender: “As linguagens humanas são mais do que a sua forma”

Professora de Linguística e responsável pelo departamento de Linguística Computacional da Universidade de Washington, Emily M. Bender é uma das referências para melhor entendermos os grandes modelos de linguagem e as principais questões ligadas às suas capacidades e utilizações.

Vincent Bevins: “o Norte Global tem uma tendência de criar uma narrativa de ‘ou estás connosco ou estás contra nós'”

O documentário “O Acto de Matar”, de Joshua Oppenheimer, nomeado para um Oscar em 2013, mostrou ao Norte Global as práticas dos esquadrões de morte indonésios nesse período, em que o Estado massacrou — com o apoio dos Estados Unidos — mais de um milhão de Indonésios acusados de serem comunistas. O Método de Jacarta”  (Temas e Debates), primeiro livro do jornalista Vincent Bevins, lançado em 2020, é uma análise histórica desses acontecimentos.

Disco Elysium e o colectivo ZA/UM que conquistou o gaming mas acabou conquistado

Prémios, entrevistas, um estúdio em expansão… Os fãs celebravam a grande vitória da criatividade sobre a incessante repetitividade de franchises e o fetichismo do realismo, e os criadores agradeciam publicamente a Marx e Engels na recepção dos Video Game Awards. Mas, como diz a frase tornada célebre pelo antropólogo russo Alexei Yurchak, “tudo era para sempre, até não o ser mais.”

Fotografia de Inês Faria

Inês Faria: “No geral, parecia haver uma certa crença no poder correctivo da tecnologia blockchain”

Decidimos recorrer a uma dessas antropólogas, Inês Faria, para falar sobre o seu trabalho etnográfico em várias comunidades cripto. A Inês é autora de uma série de artigos onde se baseia em teorias de religião, mito, fé e ritual, para aumentar a nossa compreensão sobre o que faz com que as comunidades cripto funcionem e do papel que a blockchain desempenha.

Silvio Lorusso: “Não existe nenhuma atividade completamente não-produtiva”

Onde começa o trabalho e acaba o lazer? E o que ganhamos ou perdemos nesta difusão? Silvio Lorusso, artista, escritor e designer, doutorado em Ciências do Design, e com uma ligação recente a Portugal onde é vice-director do Center for Other Worlds da Universidade Lusófona de Lisboa, reflecte sobre tudo isto tendo como ponto de partida intersecção entre o tecnológico e social e a sua visão enquanto designer.

“Que conselho daria a um outro humano em vias de digitalização?”

“How to become data and dissolve into tears”, projeto-piloto de digitalização ao vivo, é um espetáculo pensado para testar os limites da performance numa altura em que o digital é mais do que uma promessa, um universo de possibilidades, criado por João Estevens – artista associado à Rabbit Hole e investigador em ciência política.