O contrário da violência. Registos de uma residência artística na Palestina
No final de maio de 2024, Jule Kurbjeweit viajou até Belém para uma residência artística no vale de Cremisan. Este é o registo do que viveu.
No final de maio de 2024, Jule Kurbjeweit viajou até Belém para uma residência artística no vale de Cremisan. Este é o registo do que viveu.
“A massificação das imagens tornou o órgão da visão em mero recetor acrítico”. A partir de referências visuais, Maribel Sobreira escreve sobre a forma como vemos o bem e o mal e tudo o que está no meio.
Em memes, danças e até na ida ao supermercado, brat estava em todo o lado, até nas presidenciais norte-americanas. Mas se Kamala Harris É brat, o que é, afinal ser brat?
Os 486 minutos de Ronaldo no Euro 2024 mostram como a busca por retornos financeiros consegue distorcer a lógica competitiva do desporto rei.
Até que ponto é suposto defender o normal funcionamento das instituições enquanto dezenas de milhares de pessoas veem a sua vida ameaçada por essa normalidade?
O Shifter publica um excerto de Sair da Nossa Impotência Política de Geoffroy de Lagasnerie, traduzido por Diogo Paiva e editado em português pela BCF Editores em Novembro de 2021.
Se o design tem efetivamente um papel político, na polémica em torno do logótipo do Governo/República foi usado como arma de arremesso. Com isso, perdeu-se uma excelente oportunidade para reflectir sobre design no espaço público.
Sora é o novo modelo de Inteligência Artificial revelado pela OpenAI. Inspirado no ChatGPT e nos modelos de difusão, o Sora é apresentado como a nova jóia da coroa, mas um olhar atento revela como o seu brilho está manchado por um modelo de desenvolvimento que continua a ignorar os problemas que lhe vão sendo apontados.
The Zone of Interest é uma obra que foge a todo e qualquer padrão habitual daquilo a que a dita “narrativa de holocausto” nos foi habituando, relegando novamente o romantizado à condição de estranho e alienígena — portanto, realista e humano — que sempre lhe pertenceu.
Quais são os perigos que enfrentamos quando contamos uma história na perspetiva do olhar dominante? Pensadores e ativistas refletem sobre o perigo da História Única e a riqueza do conhecimento ancestral. Este artigo foi publicado originalmente na revista Shifter #2, em fevereiro de 2021.
Não é conhecido há tanto tempo quanto Mark Zuckerberg, não tem uma presença nas redes sociais tão irritante quanto Elon Musk, nem uma fortuna tão conhecida como a de Jeff Bezos. Quem é Sam Altman e como, graças à OpenAI, se tornou um dos protagonistas do momento?
Desde há um mês que os palestinianos estão frequentemente sem acesso a comunicações, em consequência direta ou indireta dos bombardeamentos levados a cabo pelo exército
“Memória de um dia vazio” é um dos textos da coletânea O Último Sonho, o livro autobiográfico de Pedro Almodóvar. Fala-nos na primeira pessoa sobre Andy Warhol, Basquiat, Leïla Slimani e do ato de escrever.
A Comissão Europeia quer que aplicações como o WhatsApp ou o Signal deixem de oferecer mensagens encriptadas, permitindo que terceiros possam ler os conteúdos das conversas. O objectivo é prevernir o abuso sexual infantil, mas podem ser as crianças a ficarem também mais expostas se os chats passarem a ser controlados. Especialistas em privacidade e direitos digitais opõem-se à proposta europeia.
Rafaela Ferraz, co-autora do livro “Death And Funeral Practices In Portugal”, é a nossa guia numa visita guiada por museus que expõem restos mortais humanos.
Não somos nós, utilizadores, que decidimos onde ir, mas as redes sociais que calculam – no sentido mais matemático do termo – onde nos querem levar. E se isso pode ter um efeito prático útil, os efeitos secundários merecem mais atenção.
O Shifter publica um excerto de Terra Queimada, de Jonathan Crary, crítico de arte e professor de Teoria e Arte Moderna na Universidade de Columbia, em Nova Iorque.
Juntar o filme “News from Home” ao livro “Uma Família em Bruxelas” é o início da construção da arte de um auto-retrato de Chantal Akerman que aterra na “mentira” para contar a verdade.
Subcapítulo “Um Bastão a Rachar”, inserido no capítulo 19 “Corte ao Sexismo – O Futebol Feminino contra o Patriarcado Desportivo Francês” do livro “Uma História Popular do Futebol”, de Mickaël Correia, publicado pela Orfeu Negro em 2020, com tradução de Luís Lima.
Práticas culturais absolutamente arbitrárias parecem suceder-se em catadupa — poderá isso estar relacionado com status?
Os novos modelos de Inteligência Artificial captaram a atenção de tudo e todos. Com a sua capacidade para gerar texto como nunca antes visto, surgiram medos de que possam destruir empregos em massa. Será essa ameaça real? Ou os pressupostos desse medo são mais sociais e políticos do que tecnológicos?
Este ensaio não é uma apelo contra a automação, mas antes uma reflexão que procura ponderar que atividades e tarefas podem ser automatizadas e quais não devem ser delegadas às máquinas.
Primeiro Estocolmo, depois Paris. Na Renaissance World Tour, vi Beyoncé celebrar a descolonização e a reparação histórica.
Usando o espaço de forma criativa, adaptada às necessidades emergentes e explorando tendências inovadoras que as tornem mais apelativas, a biblioteca pode ter um papel centralizador no complexo mundo da informação.
Para além dos resultados em termos de performance, que abordaremos mais à frente, o lançamento do GPT-4 trouxe consigo uma novidade. Pela primeira vez, alegando “o panorama competitivo e as implicações de segurança de grandes modelos de linguagem”, o artigo relatando o novo lançamento da OpenAI não aborda em detalhe a arquitectura do modelo, o hardware envolvido, as fórmulas de treino, os métodos usados, ou os dados de treino.
O caso Sokal não só é injusto para os estudos culturais como beneficia tremendamente as ciências e previne que um olhar mais sério e cético seja colocado sobre inumeráveis estudos.
Nota inicial de Francisco Nunes para a edição portuguesa de “Um Manifesto Hacker”, livro da autoria de McKenzie Wark recentemente editado pela DeStrauss, com tradução de Francisco Nunes e design de Bruno Inácio.