Cultura

Xullaji: “A comunidade negra foi sempre presença incómoda em Lisboa”

Xullaji é um nome incontornável no panorama do hip-hop português. Mas o seu trabalho e a sua influência vão muito além das fronteiras do género; com uma consciência política aguçada e uma curiosidade ávida, falou com o Shifter sobre o seu percurso e as suas mais recentes reflexões em torno dos algoritmos que inspiram trabalhos como Templo de Sílica.

Imagem de duas borboletas pretas com riscas brancas nas asas, pousadas sobre uma flor de cor laranja. A imagem está alterada com alguns efeitos que tornam os contornos dos vários elementos ténues, como se simbolizasse uma recordação. Sobre este efeito existe ainda uma textura que se assemelha a papel de jornal. Esta sobreposição de efeitos relaciona-se com a temática do texto, a mediatização das imagens.

Borboletas e Baratas: O Belo, o Feio e a Banalidade do Mal

“A massificação das imagens tornou o órgão da visão em mero recetor acrítico”. A partir de referências visuais, Maribel Sobreira escreve sobre a forma como vemos o bem e o mal e tudo o que está no meio.

Cartaz 'Portugal não é um país pequeno: superfícies do império colonial português comparadas com as dos principais países da europa' / O cartaz teve origem na Exposição Colonial de 1934, e é um cartaz que projecta a dimensão colonial português no território europeu de modo a comparar a sua dimensão. O mapa é visivelmente antigo, os territórios estão ilustrados a amarelo e a área correspondente À dimensão colonial portuguesa está ilustrada a vermelho.

De volta à “raça”: usos da história e memória do colonialismo nas redes sociais

“O problema aqui não é historiográfico ou circunscrito aos discursos públicos que versam sobre a história e memória colectiva. É uma janela a partir da qual nos podemos interrogar sobre o sentido destes debates na contemporaneidade.” José Pedro Monteiro, historiador, explora neste ensaio como questões do passado colonial português reverberam e se reconfiguram na atualidade.

Notas sobre logótipos, design, política e função

Se o design tem efetivamente um papel político, na polémica em torno do logótipo do Governo/República foi usado como arma de arremesso. Com isso, perdeu-se uma excelente oportunidade para reflectir sobre design no espaço público.

Imagem de uma cena do filme, em que um personagem vestido com um fato branco surge de pé junto a uma pequena piscina onde algumas crianças brincam.

The Zone of Interest e como (não) se retrata um genocidio

The Zone of Interest é uma obra que foge a todo e qualquer padrão habitual daquilo a que a dita “narrativa de holocausto” nos foi habituando, relegando novamente o romantizado à condição de estranho e alienígena — portanto, realista e humano — que sempre lhe pertenceu.

A história única é o abismo do conhecimento 

Quais são os perigos que enfrentamos quando contamos uma história na perspetiva do olhar dominante? Pensadores e ativistas refletem sobre o perigo da História Única e a riqueza do conhecimento ancestral. Este artigo foi publicado originalmente na revista Shifter #2, em fevereiro de 2021.

Disco Elysium e o colectivo ZA/UM que conquistou o gaming mas acabou conquistado

Prémios, entrevistas, um estúdio em expansão… Os fãs celebravam a grande vitória da criatividade sobre a incessante repetitividade de franchises e o fetichismo do realismo, e os criadores agradeciam publicamente a Marx e Engels na recepção dos Video Game Awards. Mas, como diz a frase tornada célebre pelo antropólogo russo Alexei Yurchak, “tudo era para sempre, até não o ser mais.”

P de Plágio. Notas sobre autoria e autoridade

Neste ensaio pretende-se problematizar o tema da autoria, em particular, questionar a sua natureza intemporal e definitiva. Uma intenção porventura pretensiosa, mas que não é mais do que uma tentativa de dissecar uma questão sem encará-la como um obstáculo a superar.

Imagem Ilustrativa da Instapoetry

A Literatura possível nas redes sociais: entre Rupi Kaur e Caroline Calloway

A estrutura destes poemas apresenta-se adaptada aos constrangimentos impostos pelas suas configurações. Por esse motivo, é imperativo fazer a distinção entre o poeta que escreve para as redes e o poeta que instrumentaliza as redes sociais como um meio de divulgação, sem comprometer o resultado final do poema.

Luís Fernandes, director artístico do Braga Media Arts (Fotografia de Emanuel Brito)

INDEX: “Uma bienal ligada à arte e tecnologia promove uma problematização desta área”

O Festival INDEX Media Arts decorre em Braga entre os dias 12 a 22 de maio, em vários espaços da cidade e na web. A bienal desenvolve-se nesta edição sob o tema da Superfície. Florian Hecker, People Like Us, Jonathan Uliel Saldanha e Bruno Latour acompanhado de Frédérique Aît-Touati são alguns dos nomes que compõem uma programação de mais de 50 atividades, entre exposições, performances, conversas, workshops e visitas orientadas.

BTS, o seu ARMY e a reinvenção dos grupos de fãs no século XXI

Pensar em grupos de fãs, hoje, no universo pop, pressupõe olhar para os grupos com maior destaque nos Tops e Prémios a nível internacional, a sua presença em spots publicitários e, claro, nas manifestações que recebem dos seus fãs. E é aí que surge o ARMY, grupo de fãs do grupo de K-Pop BTS.

“Que conselho daria a um outro humano em vias de digitalização?”

“How to become data and dissolve into tears”, projeto-piloto de digitalização ao vivo, é um espetáculo pensado para testar os limites da performance numa altura em que o digital é mais do que uma promessa, um universo de possibilidades, criado por João Estevens – artista associado à Rabbit Hole e investigador em ciência política.

Farhot: um artista em busca das suas origens

‘Kabul Fire Vol.2’ é um olhar sobre o Afeganistão, uma viagem pelo passado, presente e futuro do país de origem do produtor que hoje vive em Hamburgo.