Ensaio

A minha viagem em busca do propósito do tédio: de Peter Toohey a Susan Sontag

Para mim, o tédio era mesmo entediante, só o bolsar da palavra “seca” soava a enfado, fazia-me contorcer de desprazer. Este cocktail de sentimentos nem sempre tem a mesma receita para todos, e perceber isso foi meio caminho andado. Há quem aprecie a inércia do tédio, há quem conviva com ele de forma saudável e o transforme em produtividade, nem sempre quem está aborrecido precisa de outro estímulo, há quem veja no aborrecimento o próprio estímulo.

E se em vez de fazer à pressa, aproveitássemos o tempo extra para pensar?

Os apoios do estado ou de outras instituições à Cultura são uma componente essencial deste esquema e partem de um ponto de preparação prévia, permitindo em alguns casos sustentar artistas e estruturas mesmo sem público no dia-a-dia. Mas os constantes directos, pelo Instagram ou pela televisão, vão no sentido inverso convocando uma atitude tanto escapista quanto conformista que se recusa a encarar o problema como ele é e a usá-lo como pretexto para pensar profundamente na organização do sistema.

Coronavírus incendeia teorias da conspiração sobre 5G, um fenómeno com explicação

Curioso por perceber os seus contornos, e com uma certa curiosidade fetichista sobre teorias da conspiração, fui acompanhando aquilo que se ia dizendo. O que não esperava era que a teoria ganhasse tração e levasse realmente pessoas à acção como aconteceu no Reino Unido. Em menos de 24h, houve relatos de 4 torres de transmissão de sinal 5G terem sido incendiadas.

O projecto do aeroporto não foi cancelado e eu tentei avisar

Hoje, pelas 11h41, chegou ao e-mail do Shifter, como de outros órgãos de comunicação social, uma mensagem com o título “MIH – Nota à Comunicação Social” e um PDF anexado em que, alegadamente, o Governo dava conta do cancelamento do projecto do Aeroporto do Montijo, bem como de qualquer projecto de expansão do Aeroporto da Portela. Era falso.

Poderia a automação ajudar-nos a combater uma pandemia?

Nesta altura em que escrevemos e é pedido – à força do Estado de Emergência – a toda a gente que fique em casa a menos que trabalhe num dos sectores considerados essenciais à economia, pode reacender-se este debate, aproveitando para perceber que postos de trabalho ficam expostos ao perigo.

Literacia digital como chave para a adaptabilidade

Hoje, termos como “trabalho remoto”, “videoconferência”, “acesso remoto” ou ainda nomes como “Zoom”, “Trello” ou “Slack” estão na ordem do dia. A situação e contexto atual obrigou a uma aprendizagem rápida sobre vários temas do digital. E é sobre este aspeto em concreto que quero refletir.

Coronavírus: não nos deixemos contagiar mentalmente

Rejeitaremos ser mais um órgão de comunicação social a propagar o medo. Não faremos sempre a coisa certa mas não deixaremos que um critério largo nos deixe levar na corrente do populismo e do aproveitamento do medo que todos, sem excepção, temos desta situação.

Mulheres que mudaram a Nutrição

As mulheres que no passado mudaram a nutrição, quer tenha sido por vocação ou por força das circunstâncias, permitiram que as mulheres de hoje possam continuar a fazê-lo.

O que faz falta é convencer a malta

Porque é que o avançado conhecimento que temos sobre causas de pobreza, doença e precariedade não é usado para proteger os cidadãos (todos nós, directa ou indirectamente) dessas mesmas consequências?

Ensaio de Regresso a Casa: do Laos à Europa

O Francisco Santos colabora pontualmente com o Shifter e convidou-nos a partilhar um diário da sua viagem de volta a casa. Acompanha aqui a sua jornada.

Ruído Social: a desinformação também é contagiosa

A pressa de informar primeiro, muitas vezes, desinforma. O desespero pela notícia em primeira mão ultrapassa o impulso da notícia completa e verdadeira, deixando o cenário à criatividade do público.