Protestos em universidades e o normal funcionamento das instituições
Até que ponto é suposto defender o normal funcionamento das instituições enquanto dezenas de milhares de pessoas veem a sua vida ameaçada por essa normalidade?
Até que ponto é suposto defender o normal funcionamento das instituições enquanto dezenas de milhares de pessoas veem a sua vida ameaçada por essa normalidade?
As grandes revoluções também se fazem de pequenos gestos. E nem todos terão um lugar na História proporcional à sua real importância. Nem todos serão dignos de notícia ou atenção. Likes ou visualizações. E muitos menos serão tornados símbolos, onde voltamos uma e outra vez. Mas isso não nos deve demover.
O Shifter publica um excerto de Sair da Nossa Impotência Política de Geoffroy de Lagasnerie, traduzido por Diogo Paiva e editado em português pela BCF Editores em Novembro de 2021.
Se o design tem efetivamente um papel político, na polémica em torno do logótipo do Governo/República foi usado como arma de arremesso. Com isso, perdeu-se uma excelente oportunidade para reflectir sobre design no espaço público.
Eyal Weizman arquitecto, investigador, professor e fundador da Forensic Architecture, agência de investigação de Goldsmith, falou com o Shifter sobre o projecto colonial israelita, os mais recentes acontecimentos, e a forma como tudo isso se cruza com a prática da agência.
Joana G. Sá é uma das vozes que se tem feito ouvir no nosso espaço público na defesa de mais e melhor ciência. Formada em Física, descreve-se como uma Cientista Social e procura colocar os métodos quantitativos ao serviço dos problemas da sociedade.
A proposta deste texto é simples, e é, na verdade, a de não propor nada. Trata-se de pensar sobre possibilidade e de iniciar uma discussão que parece estar a ser constantemente adiada há quase um século, pelo menos desde as previsões de 1930 de Keynes.
Somos “equiparados a jornalistas” e não jornalistas de plenos direitos – só de plenos deveres. De qualquer forma, no dia 14 de Março não publicaremos nada no Shifter nem no LPP, e juntamos o nosso silêncio ao dos demais que nesse dia procuram, pela gravidade da ausência, fazer ouvir as suas reivindicações.
Falar para os arquitetos de um medo inventado na sua linguagem, refutando os factos (leia-se, mentiras) que apresentam, nunca nos salvará precisamente porque o que os move não é a reposição da verdade, mas sim a imposição do poder.
Sora é o novo modelo de Inteligência Artificial revelado pela OpenAI. Inspirado no ChatGPT e nos modelos de difusão, o Sora é apresentado como a nova jóia da coroa, mas um olhar atento revela como o seu brilho está manchado por um modelo de desenvolvimento que continua a ignorar os problemas que lhe vão sendo apontados.
The Zone of Interest é uma obra que foge a todo e qualquer padrão habitual daquilo a que a dita “narrativa de holocausto” nos foi habituando, relegando novamente o romantizado à condição de estranho e alienígena — portanto, realista e humano — que sempre lhe pertenceu.
“A ciganidade não é só o antigo, é o que nós somos agora também”, diz a bailarina Kali Musa. A Bestiário, estrutura que celebra esta semana seis anos, e Maria Gil, atriz e ativista cigana, juntam-se no espetáculo Homo Sacer e provam-no.
Já ouviste falar em shadow ban? Provavelmente já, mas não é o que parece. A moderação automática de redes sociais é o novo normal e com ela surgem questões pertinentes.