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Abril 8, 2020

A minha viagem em busca do propósito do tédio: de Peter Toohey a Susan Sontag

Para mim, o tédio era mesmo entediante, só o bolsar da palavra “seca” soava a enfado, fazia-me contorcer de desprazer. Este cocktail de sentimentos nem sempre tem a mesma receita para todos, e perceber isso foi meio caminho andado. Há quem aprecie a inércia do tédio, há quem conviva com ele de forma saudável e o transforme em produtividade, nem sempre quem está aborrecido precisa de outro estímulo, há quem veja no aborrecimento o próprio estímulo.

E se em vez de fazer à pressa, aproveitássemos o tempo extra para pensar?

Os apoios do estado ou de outras instituições à Cultura são uma componente essencial deste esquema e partem de um ponto de preparação prévia, permitindo em alguns casos sustentar artistas e estruturas mesmo sem público no dia-a-dia. Mas os constantes directos, pelo Instagram ou pela televisão, vão no sentido inverso convocando uma atitude tanto escapista quanto conformista que se recusa a encarar o problema como ele é e a usá-lo como pretexto para pensar profundamente na organização do sistema.

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