Björk re-edita álbum do passado em experiência futurista online

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Björk re-edita álbum do passado em experiência futurista online

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A artista islandesa lançou sete videoclipes do seu álbum 'Vulnicura' aliando vídeos 360 a mundos gerados em 3D, para provar que é possível haver uma mistura harmoniosa entre expressão artística e tecnologia.

É mais um passo na persona avant-garde de Björk. A artista islandesa relançou o seu álbum de 2015, Vulnicura, numa experiência de realidade virtual que vai desde vídeo 360° a mundos gerados em gráficos 3D.

Para a artista, trata-se de comprovar que é possível aliar o sentimentalismo da sua música e daquele que é um dos seus trabalhos mais profundos às tecnologias recentes. A experiência teve como base os cenários visuais que fizeram parte da exposição Björk Digital, que corre o mundo numa viagem psicadélica desde 2016 e deu aos fãs uma ideia do que seria uma experiência VR da sua música.

 

“O Vulnicura VR foi uma longa jornada que começou quando eu e Andy Thomas Huang começámos a conversar sobre como queríamos documentar ‘Stonemilker'”, escreveu Björk em comunicado. “Todo o processo tem sido uma improvisação, tentando manter a fé nos formatos. Foi muito fácil para os músicos ficarem pessimistas com o fim dos CDs, mas eu queria tentar ter a coragem de crescer com o crescimento da tecnologia de som e visão 360º. A cada desafio, tentei transformá-lo num presente adicional para a ideologia da música.”

Da experiência fazem parte sete videoclipes diferentes – além de “Stonemilker”, há vídeos também para as músicas “Lionsong”, “Notget”, “Mouth Mantra”, “Quicksand”, “Black Lake” e “Family” – que levam o espectador a explorar temáticas como a perda, a dor e a transformação. O álbum é também acompanhado por visuais dinâmicos em 360 graus criados por Stephen Malinowski, autor da Music Machine Animation, que se alteram dependendo da direção do utilizador.

Os vídeos que compõem o álbum foram criados por sete equipas diferentes, apresentando uma variação a nível estético que vai desde produções mais simples em vídeo 360 a mundos completamente gerados em gráficos 3D e, tal como indica Björk ao site Ars Technica, a sua produção foi um “bicho de sete cabeças” do ponto de vista tecnológico.

Esta não é, ainda assim, a primeira incursão da artista por meandros tech. Em Maio, Björk deu uma série de concertos multimédia em Nova York, chamada Cornucopia.

Vulnicura, que chega agora ao mundo na sua versão mais Björk de sempre, já havia sido republicado como Vulnicura Strings – um remake do LP gravado apenas com instrumentos de cordas – e como Vulnicura Live. O seu mais recente álbum de estúdio foi Utopia, onde constam singles como “Losss” ou “Tabula Rasa”, em 2017.

O álbum Vulnicura VR está disponível para Windows VR através da plataforma Steam por cerca de 28 euros, sendo compatível com headsets de realidade virtual à semelhança do HTC Vive, do Oculus Rift, ou do Valve Index.

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  • Rita Pinto

    A Rita Pinto é Editora-Chefe do Shifter. Estudou Jornalismo, Comunicação, Televisão e Cinema e está no Shifter desde o primeiro dia - passou pela SIC, pela Austrália, mas nunca se foi embora de verdade. Ajuda a pôr os pontos nos is e escreve sobre o mundo, sobretudo cultura e política.

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