Eva Heyman foi uma jovem judia de 13 anos que, em 1944, em plena Segunda Guerra Mundial, foi enviada para o campo de concentração de Auschwitz, na Polónia. Apoiados no diário que a jovem escreveu, um empresário e a sua filha, israelitas, Matti Kochavi e Maya, reencenaram a trajetória de Eva levando um telemóvel e uma conta do Instagram até ao século XX.
A história de vida de Eva retratada agora na função das histórias da rede social inicia-se em fevereiro, por altura do seu 13º aniversário, quando começou a escrever o diário, e prolonga-se até junho. Num primeiro momento, Eva utiliza o seu telemóvel para documentar a sua vida com os avós e amigos em casa e na escola. Ao longo dos dias, a jovem vai mostrando a alastramento do nazismo na Europa e o receio que chegue à Hungria.
A produção chegou à internet em forma de 70 instastories, com dezenas de figurantes e com cenários e roupas que retratam o estado da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. A conta foi ativada no 2 de Maio, e a história verídica de Eva conta já com mais de um milhão e meio de seguidores.
A história termina em junho, quando a jovem e a sua família foram encaminhadas para Auschwitz. Segundo o diário, Eva acabou por ser assassinada em outubro desse ano. O seu sonho era tornar-se fotojornalista, tendo sido esse um dos objetivos desta iniciativa. “Eva, esperamos que através deste projeto tenhamos tornado o teu sonho em realidade”, pode ler-se num dos instastories finais.
A ideia era fazer chegar o tema do Holocausto aos mais jovens, um público frequente nas redes sociais. No entanto, segundo o The New York Times, “uma tempestade de críticas surgiu em Israel sobre o uso da chamada cultura da selfie e da sua linguagem visual – repleta de hashtags, stickers e emojis – para tentar transmitir os horrores do Holocausto, no qual seis milhões de judeus foram assassinados”.