Uma curta de animação portuguesa que promete voos internacionais

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Uma curta de animação portuguesa que promete voos internacionais

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O trabalho é de um nível qualitativo tão elevado que até valeu elogios de Brad Lewis, um conceituado produtor e realizador de películas de animação, responsável por títulos tão familiares como Ratatui ou Cars.

Quando se fala de cinema de animação, seja em matéria de curtas ou longas, quase sempre se pensa nos personagens clássicos e nas produtoras majors. Não é que não haja outras mas, simplesmente, não são promovidas no circuito tradicional por onde se movem Disney/Pixar.

Se a cada estreia de uma destas produtoras o frenesim é visível por toda a parte, as produtoras nacionais por mais que se esforcem raramente chegam aos calcanhares mediáticos. Ainda que o seu trabalho possa ter qualidade comparável, quer em termos narrativos, quer em termos técnicos – aquele que uma produção menor torna mais difícil de acompanhar. Neste caso foi mesmo isso que nos chamou à atenção.

Don’t Feed These Animals é uma curta de animação criada pela portuguesa Nebula Studios com uma qualidade e uma irreverência que de certeza te vai encher o olho e, pelo menos, deixar mais atento ao que de diferente se faz em Portugal. O trabalho é de um nível qualitativo tão elevado que até valeu elogios de Brad Lewis, um conceituado produtor e realizador de películas de animação, responsável por títulos tão familiares como Ratatui ou Cars.

Para já ainda não se sabe ao certo por onde passará esta curta que deverá acabar por ser disponibilizada online depois de percorrido o circuito de festivais. Até agora o trabalho português já arrecadou um prémio de excelência no Speechless Film Festival e garantiu a sua presença no Concurso Internacional da Monstra, festival de cinema de animação lisboeta.

O filme pode não fazer o teu género, até porque, todos sabemos, que regra geral a animação se destina aos mais jovens, mas uma coisa está aos olhos de todos: o estúdio português foi capaz de criar uma peça num estilo próprio e com o seu toque próprio e de inovação.

Pode não ganhar mais prémios nem bater recordes de visualizações, mas um mérito já ninguém lhe tira: lembrar-nos que também se faz boa animação em Portugal e que às vezes basta estar atento e procurar nos circuitos alternativos para que possamos dar atenção àqueles que, como nós, tentam no seu trabalho estar ao nível dos melhores.

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