Já lá vão quase 35 anos desde que os lendários Hayao Miyazaki e Isao Takahata fundaram o famoso Studio Ghibli. Ambos trazendo na bagagem anos de experiência em animação, e usando o surpreendente sucesso de Nausicaä of the Valley of the Wind — filme realizado por Miyazaki em 1984 – como trampolim, criaram o estúdio de animação mais criticamente aclamado da história do cinema, do qual se exportaram inúmeros clássicos como O Meu Vizinho Totoro, A Princesa Mononoke, Túmulo dos Pirilampos ou A Viagem de Chihiro.
Com a recente chegada dos filmes do Studio Ghibli às plataformas de streaming (HBO Max nos Estados Unidos, Netflix no resto do mundo), o site de entretenimento Polygon decidiu realizar a Ghibli Week, uma semana durante a qual serão publicados vários textos a celebrar a importância histórica e artística do estúdio de culto. Desde textos sobre as obras que introduziram o estúdio ao mundo, a ensaios sobre as filosofias que guiam as obras, e até mesmo passando pela clarificação de alguns famosos mitos sobre Miyazaki, como a tão fabulada história que diz que o realizador enviou uma catana a Harvey Weinstein — juntamente com esta, supostamente viria a mensagem “no cuts” — após este expressar intenções de remover inúmeras cenas de Princess Mononoke para o seu lançamento americano.
Esta não é única oportunidade recente para ficar a conhecer mais sobre a obra da companhia. O estúdio abriu as portas do seu museu ao YouTube, divulgando pequenos vídeos que mostram as salas do espaço, esboços, inspirações, e um pouco do processo que levou aos filmes de culto do Studio Ghibli – as legendas estão escritas em japonês, mas os vídeos transmitem bem o ambiente do estúdio e beleza do local. Além disso, a divisão internacional da estação de rádio e televisão japonesa NHK disponibilizou gratuitamente um documentário de 4 partes sobre o processo criativo de Miyazaki, que acabou por acompanhar de perto a o nascimento daquele que foi um dos maiores sucessos de sempre do estúdio, Ponyo à Beira-Mar, da ideia à vida.
E claro, como já foi dito, os melhores filmes do estúdio japonês estão disponíveis no Netflix, por isso, se quiserem, aproveitem estes tempos mais sedentários para mergulhar nos mundos mágicos do Studio Ghibli, e vejam, revejam e leiam tudo aquilo que puderem sobre este aquilo que de melhor se tem no cinema de animação.