Quando redesenhámos o site do Shifter, em Abril de 2018, quisemos que se adaptasse ao teu estado de espírito. Além da navegação por aquilo a que chamámos de categorias comportamentais (Informação, Reflexão, Inspiração e Distracção), mantivemos as quatro categorias temáticas (Digital, Global, Social e Arte), permitindo-te cruzares intenções e chegares ao conteúdo que mais se adapta ao que queres para aquele momento específico.
E porque, mais do que nunca, vivemos hoje num momento muito específico da nossa história, é importante que não deleguemos a 100% às redes sociais a escolha do conteúdo que diariamente consumimos. Deixar essa decisão do lado dos algoritmos pode resultar numa dieta pouco equilibrada – carregada de sensacionalismo ou de artigos que não são assim tão relevantes. Principalmente agora, é importante para a nossa saúde física e mental mantermo-nos informados com conteúdos pertinentes e interessantes – no Shifter, temos tentado trazer-te a melhor curadoria de temas e abordagens ao Covid-19 – mas também é importante não ficar obcecado.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que se determine uma frequência para se verificarem notícias que nos ajudem a mantermo-nos actualizados sobre a pandemia – com fontes oficiais e credíveis -, sem que isso se torne a única coisa em que pensamos. Porque queremos que o Shifter seja a tua dose diária necessária para uma vida saudável, e cruzando isso com o tipo de navegação que nos propusemos a criar para cada disposição, decidimos criar uma lista com 10 artigos intemporais do nosso arquivo para revisitares, se quiseres distrair-te do tema do momento.
* No topo da nossa homepage temos ainda a categoria Intemporais, onde podes consultar todos os nossos artigos “verdes”, isto é, que podem ser reciclados vezes sem conta sem perder actualidade. Acedendo a essa página, podes consultá-los por ordem cronológica ou “aceitar uma sugestão do destino” clicando no botão que te leva até um artigo aleatório da lista. Também pode ser outra forma de te entreteres com conteúdo Shifter, incluindo peças mais recentes. *
7 coisas que se aprendem num mês de abstenção das redes sociais
Em Janeiro de 2019, o Mário Rui André pôs em prática a sua resolução de ano novo de passar um mês sem redes sociais. Seguindo a moda dos detoxes digitais, passou 31 dias sem acesso a todas as redes sociais que normalmente consulta para perceber quais os maiores desafios. Neste artigo podes tirar ideias para a tua própria experiência de abstenção. O Mário garante que “não foi assim tão stressante” e que hoje consegue controlar melhor o uso que faz da Internet.
Como tirar o máximo proveito de um livro
Neste artigo, a Rita Pinto reuniu uma lista de modestos conselhos para te guiarem na tua próxima aventura literária. O objectivo destas 7 dicas não é tornar o teu processo de leitura numa actividade trabalhosa ou desinteressante – não há nada como conhecer um livro na sua forma mais livre e espontânea –, mas sim ajudar-te a organizar o teu pensamento e a alargar os horizontes da tua imaginação, isto se quiseres, claro, obter algo mais de um livro além da sua mera leitura. Um bom guia para este período de isolamento e para quem está a aproveitá-lo para ler.
Software Livre de fonte aberta num mundo fechado
Num trabalho colaborativo com o Jornal Mapa, João Ribeiro e Guilherme Luz fizeram um retrato do que é a filosofia do software livre, bem como da sua relação com o panorama tecnológico actual dominado por um conjunto muito selecto de empresas. Neste artigo explora-se a ubiquidade do software e a sua propriedade enquanto elementos moduladores da dinâmica de desenvolvimento de uma sociedade que tende para o digital.
Não leias este artigo sentado
Em “Não leias este artigo sentado”, o Daniel Hoesen faz uma reflexão sobre o espaço e local de trabalho, propondo-nos a pensar no “fim do sentar”. Explorando a prioridade que passámos a dar ao conforto historicamente, associada ao sedentarismo, apresenta-nos uma série de alternativas sugeridas por arquitectos, filósofos ou artistas, para romper com a estrutura de design tradicional do local de trabalho, usando a evolução da boa prática de estudar o passado para criar tendências futuras.
Indignação rima com desinformação e alternativa não
Como lidar com desinformação num mundo onde a interação determina o sucesso? Se lhe damos atenção ela multiplica-se infinitamente pelos feeds das nossas redes sociais por muito que a intenção possa ser a contrária. Se a indignação é o combustível do viral o que sobra de energia para fazer circular boa informação plural? De que vale fazer bem se não se indignar ninguém? Um artigo de reflexão e opinião do Director Editorial do Shifter, João Ribeiro.
“A cidade possível é o resultado de todos os constrangimentos, forças e interesses”
O título desta peça é uma citação de Miguel Barroso, arquitecto do estúdio Urbactiv que, por sua vez, trabalha com a Câmara Municipal de Lisboa para tornar a cidade mais ciclável. O Mário Rui André entrevistou-o em meados de 2019, numa conversa que percorreu a capital para perceber qual o plano da Câmara para os ciclistas. Uma peça sobre a transformação de uma cidade que, no século passado, se rendeu à indústria automóvel e entregou uma grande fatia do seu espaço às quatro rodas numa cidade mais ciclável e pedonal, aliada ao equilíbrio da utilização do espaço público e a uma cidade menos poluída e, assim, mais respirável.
A música “Teardrop” dos Massive Attack faz 20 anos e não podia ter sido feita hoje
E a culpa é da era do imediatismo em que vivemos. O vigésimo aniversário da infame música foi em Fevereiro de 2018, e ainda que a efeméride não seja actual, a peça da Rita Pinto neste artigo é. Uma reflexão sobre a composição da mais famosa música da banda britânica Massive Attack, um tema que nos capta desde o primeiro segundo e que tem na sua introdução a sua maior distinção. Seria possível para um músico hoje em dia fazer uma faixa com 1 minuto de intro instrumental? Iriam os nossos cérebros ultra estimulados render-se a uma canção com essa estrutura?
Como ter mais e melhores ideias: um guia para o pensamento lateral
O que é o pensamento lateral e como aplicá-lo? O Alexandre Couto responde a esta pergunta a todos aqueles que queiram ser mais criativos. Sugerindo técnicas como: dar uma tareia ao Status Quo, ganhar o hábito de apontar à lua ou fugir das ideias dominantes, neste artigo dizemos-te para que serve esta forma de pensamento e como podes alcançá-lo se quiseres gerar novas ideias, resolver problemas ou aperfeiçoar e analisar ideias. Recorrendo a teorias de autores como Edward De Bono, este artigo pode ser muito útil para desafiares o teu próprio pensamento, numa altura em que passas muito mais tempo contigo mesmo.
Manufactura Independente: quando o software livre não é uma limitação, torna-se um super-poder
O João Ribeiro entrevistou Ana Isabel Carvalho e Ricardo Lafuente do estúdio de design Manufactura Independente com sede na cidade do Porto, onde a opção pelo software livre deixou de ser uma alternativa para se tornar uma escolha convicta. Uma conversa esclarecida sobre design e o uso de softwares de código aberto e como ambos se influenciam.
Os seis memorandos de Italo Calvino para os escritores deste milénio
Foi numa daquelas noites em que o Alexandre Couto se ia sentar a escrever, apenas para se aperceber que a sua “prosa era, na melhor das hipóteses, medíocre”, que decidiu ler os seis memorandos que Italo Calvino deixou aos escritores deste milénio. Neste artigo inspiracional, percorre esses conselhos de Calvino, escritos depois de ter sido convidado para uma palestra sobre poesia em Harvard, com um objectivo claro: dar um conjunto de valores importantes para a literatura sobreviver ao avanço dos tempos. Infelizmente, Calvino faleceu antes de acabar o último ponto, o que explica só existirem cinco memorandos, em vez dos seis prometidos, mas aqui podes conhecê-los e talvez tirar alento e ideias para aplicares na tua própria vida.