“Não é preciso ver para crer”, lembra campanha de sensibilização sobre cibercrime

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“Não é preciso ver para crer”, lembra campanha de sensibilização sobre cibercrime

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No ano de 2018 foram identificados mais de 20 mil indivíduos vítimas de bullying digital: destes, 4200 sofreram de crimes de roubo de identidade e cerca de mil crianças viram-se expostas em filmes de pornografia infantil.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) lançou esta semana uma campanha de sensibilização sobre cibercrime, com o objectivo de prevenir comportamentos de risco online, promover a denúncia de conteúdos ilegais e divulgar os serviços de apoio da Linha Internet Segura para vítimas de cibercrime.

Desde Janeiro de 2019, a APAV passou a integrar o Consórcio Internet Segura e a coordenar os serviços da Linha Internet Segura (800 219 090). Através de contacto telefónico ou online, a Linha Internet Segura, para além da ajuda prestada às vítimas, promove uma utilização mais segura da internet e aconselha a adoção de comportamentos seguros online.

Esta nova campanha, desenvolvida pela agência Carmen (YoungNetwork Group), tem o seu foco nos crimes mais prevalentes: cyberbullying; pornografia infantil; burla; divulgação não consensual de imagens e vídeos.

No ano de 2018 foram identificados mais de 20 mil indivíduos vítimas de bullying digital: destes, 4200 sofreram de crimes de roubo de identidade e cerca de mil crianças viram-se expostas em filmes de pornografia infantil. Entre os cibernautas portugueses, 78% afirma estar mal informado sobre como se devem proteger contra ameaças de cibercrimes. Esta falta de informação estende-se ao resto do mundo, estimando-se que pelo menos 400 milhões de pessoas sejam vítimas de cibercrime todos os anos.

“Os crimes praticados fazendo uso da Internet têm vindo a aumentar uma vez que cada vez mais transferimos grande parte das nossas interações sociais para o mundo digital”, refere Ricardo Estrela, porta-voz da APAV, em comunicado. “As vítimas de cibercriminalidade só agora começam a ter mais apoios e formas de defesa dos seus direitos no mundo online, e é com esse intuito que promovemos a Linha Internet Segura. Desde racismo, discurso de ódio, pornografia infantil, entre muitas outras formas de criminalidade, a internet está a reacender comportamentos que condenamos e, as pessoas que sofrem este tipo de crimes têm de ser apoiados e ter recursos que lhes permitam defenderem-se e combaterem esta forma de criminalidade.”

A Linha Internet Segura está disponível através do número 800 219 090 (dias úteis entre as 9h e as 21h) ou do email linhainternetsegura@apav.pt. O apoio é confidencial e gratuito. Os conteúdos ilegais podem ser denunciados online .

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