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Grupo de bracarenses cria os mapas para pessoas que faltavam à cidade

Grupo de bracarenses cria os mapas para pessoas que faltavam à cidade

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24 Abril, 2019 /
Foto DR Bragamove.pt

Índice do Artigo:

Os dois mapas, disponíveis para download gratuito, indicam trajectos fáceis e curtos para fazer a pé ou de bicicleta na capital minhota.

Para mostrar que há outras formas de nos movermos em Braga além do automóvel – e porque mapas de estradas e da rede de transportes públicos já existem –, um grupo de jovens bracarenses decidiu criar dois mapas alternativos de Braga: um com percursos pedonais e outro com percursos cicláveis, ambos ligam os principais pontos da cidade.

O projecto chama-se Bragamove e, conforme é explicado no site, “tem o intuito de fazer (re)pensar a mobilidade de cada um”. A inspiração, diz o grupo, foi encontrada na cidade galega de Pontevedra, que é uma referência em termos de mobilidade “sem motor” e onde foram criados mapas semelhantes, intitulados Metrominuto.

O Bragamove foi criado por Paulo, que atravessa Braga todos os dias de bicicleta, pela Luísa, professora de Biologia e Geologia preocupada com o futuro sustentável do planeta, pelo André, um arquitecto que trabalha em projectos de estratégia urbana, e o Miguel, peão e ciclista.

“Os mapas são um apanhado de informação relativa ao tempo e distância entre pontos estratégicos da cidade. Ambos consideram como ponto central a Praça da República e têm o mesmo objectivo: mostrar possibilidades de percursos facilmente realizáveis”, é descrito no site do Bragamove, onde podem ser descarregados os dois mapas.

No mapa pedonal existe um código de cores para indicar os trajectos que são mais agradáveis em relação aos outros ainda sugeridos. As distâncias foram calculadas tendo em conta uma velocidade média de 5 km/h.

Já no mapa ciclável, as cores laranja e azul servem para identificar subidas e descidas, respectivamente; sendo que a violeta são referenciados os trajectos mais planos. O tempo que cada percurso demora a ser percorrido foi calculado a partir de velocidades médias de 10, 15 ou 20 km/h, consoante se trate de uma subida, de uma via plana ou de uma descida. O grupo contou ainda partes em que, por questões de eficiência da deslocação, a melhor solução é desmontar da bicicleta e levá-la pela mão.

Podes descarregar os dois mapas no site do Bragamove.

Se esta temática te interessa, sugerimos também que sigas o trabalho da Braga Ciclável, uma associação que procura representar “os cidadãos que utilizam ou desejam começar a utilizar a bicicleta na cidade de Braga” e promover “o uso quotidiano da bicicleta como meio de transporte”.

“Como pedestres, ciclistas, passageiros de transportes públicos e automobilistas temos a ambição de repensar a mobilidade da nossa cidade com responsabilidade, espírito crítico e seriedade.”

Autor:
24 Abril, 2019

Jornalista no Shifter. Escreve sobre a transição das cidades e a digitalização da sociedade. Co-fundador do projecto. Twitter: @mruiandre

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