Microsoft cria máquina que armazena informação digital em ADN

Procurar
Close this search box.

Microsoft cria máquina que armazena informação digital em ADN

A democracia precisa de quem pare para pensar.

Num ambiente mediático demasiado rápido e confuso, onde a reação imediata marca a ordem dos dias, o Shifter é uma publicação diferente. Se gostas do que fazemos subscreve a partir de 2€ e contribui para que tanto tu como quem não pode fazê-lo tenha acesso a conteúdo de qualidade e profundidade.

O teu contributo faz toda a diferença. Sabe mais aqui.

Converter 5 bytes de texto em ADN durou 21 horas.

Há uns meses, dávamos conta de mais um projecto maluco dos Massive Attack; com a ajuda de investigadores da Universidade de Zurique, a banda de Robert Del Naja aventurou-se num desafio científico, único no mundo das artes, e reeditou o seu disco mais conceituado, Mezzanine, em ácido desoxirribonucleico (ou ADN).

Com o passar dos tempos, o armazenamento de todas as informações que são geradas digitalmente começa a ser uma questão cada vez mais séria, implicando soluções mais eficientes em termos de espaço e mais resistentes a erosão como é o caso do ADN. Mas a complexidade do processo dos Massive Attack mostrava a distância a que ainda se está de se poder tornar em algo democrático, apesar do potencial na redução da área de armazenamento deixar adivinhar que, mais tarde ou mais cedo, se tornaria num campo de pesquisa das principais tecnológicas.

A Microsoft decidiu apresentar os seus desenvolvimentos nessa área de investigação, com um pequeno teste montado pelo seu departamento de inovação, em que um aparelho converte automaticamente informação digital para código ADN e vice-versa. Se quanto à técnica não há muito a acrescentar – o processo é similar ao utilizado pelos Massive Attack –, a principal inovação surge nos equipamentos utilizados.

Segundo reporta a empresa, o protótipo utilizado para a conversão de bits em informação genética custou apenas 10 mil euros e o processo de conversão dos 5 bytes de texto (a mensagem “HELLO”) durou 21 horas; ainda assim, a equipa de investigação ter ideias de como pode reduzir o tempo deste processo.

Para se perceber o porquê da investigação nesta área, podemos recorrer à previsão da Technology Review, publicação do MIT, que traça um paralelo: a informação que hoje em dia ocupa o espaço de um armazém médio passaria a caber num só dado de sorte; tudo graças à densidade que se consegue obter neste tipo de armazenamento, um ponto que se revelará cada vez mais importante com o passar dos tempos e o acumular dos dados alojados em servidores.

Índice

  • Shifter

    O Shifter é uma revista comunitária de pensamento interseccional. O Shifter é uma revista de reflexão e crítica sobre tecnologia, sociedade e cultura, criada em comunidade e apoiada por quem a lê.

Subscreve a newsletter e acompanha o que publicamos.

Eu concordo com os Termos & Condições *

Apoia o jornalismo e a reflexão a partir de 2€ e ajuda-nos a manter livres de publicidade e paywall.

Bem-vind@ ao novo site do Shifter! Esta é uma versão beta em que ainda estamos a fazer alguns ajustes.Partilha a tua opinião enviando email para comunidade@shifter.pt