BrainRap: uma ideia entre a ciência e o rap conquistou o público

Procurar
Close this search box.

BrainRap: uma ideia entre a ciência e o rap conquistou o público

A democracia precisa de quem pare para pensar.

Num ambiente mediático demasiado rápido e confuso, onde a reação imediata marca a ordem dos dias, o Shifter é uma publicação diferente. Se gostas do que fazemos subscreve a partir de 2€ e contribui para que tanto tu como quem não pode fazê-lo tenha acesso a conteúdo de qualidade e profundidade.

O teu contributo faz toda a diferença. Sabe mais aqui.

O BrainRap conjuga um aparelho de monitorização cerebral com uns óculos de realidade virtual, e pode ajudar a perceber o comportamento do cérebro em determinados ambientes como uma 'rap battle'.

Se há tipo de evento em que qualquer participante ou espectador espera ser surpreendido com tecnologia é num hackathon. Os encontros de programadores promovidos por instituições ou empresas em torno de uma tecnologia ou de um problema específico são óptimos espaços para a geração de ideias a nível global e para o teste de outras que sejam mais disruptivas – foi isso que Micah Brown, um empreendedor interessado em neuro-ciência, levou recentemente ao MIT Reality Virtually Hackathon.

O jovem londrino de 30 anos foi até ao hackathon organizado por uma das universidades norte-americanas mais conceituadas do mundo no que toca à inovação tecnológica com um projecto que se destacou por entrar em campos raramente explorados. Micah Brown quer usar a tecnologia para potenciar a evolução exponencial do rap ou, olhando para a ideia numa perspectiva mais global, qualquer apresentação ao vivo que requeira prática e à-vontade.

Em concreto, a invenção de Micah chama-se BrainRap e talvez pela sua simplicidade encantou o público do hackthon, vencendo o prémio ‘Escolha do Público’. É composta por em dois headsets: um chamado Neurable, um dispositivo composto por eléctrodos, espalhados pela superfície craniana, que permite ler a actividade cerebral; e um par de óculos de realidade virtual, os HTC Vive.

A conjugação de um aparelho de monitorização cerebral como o Neurable com um aparelho de experiência imersiva como um headset de realidade virtual pode ajudar a perceber o comportamento do cérebro em determinados ambientes, permitindo detectar falhas ou optimizar performance recorrendo a dados reais. No caso do BrainRap, os eléctrodos monitorizam os níveis de stress, atenção. calma e fadiga enquanto o utilizador está imerso num ambiente virtual, onde é convidado a rappar. A ideia é ele poder treinar as suas habilidades no rap ou em apresentações públicas com a ajuda da neuro-ciência, acompanhando em tempo real a performance do seu cérebro.

Tal como muitas das pessoas que passam por este tipo de certames, o intuito de Micah Brown não é lucrar com a sua invenção, embora não feche a porta a um potencial comprador. Em vez disso, o empreendedor apaixonado por neuro-ciência espera servir de inspiração e de exemplo para que outros criadores possam imaginar, tal como ele fez, aplicações práticas, simples e úteis para novas tecnologias.

Uma semana antes do hackthon, noutro encontro do MIT dedicado à realidade aumentada, Micah Brown já tinha dado uma pequena demonstração de parte da sua criação. Neste caso, usou apenas o headset de monitorização cerebral projectando uma visualização das suas ondas cerebrais enquanto rimava em freestyle.

Índice

  • Shifter

    O Shifter é uma revista comunitária de pensamento interseccional. O Shifter é uma revista de reflexão e crítica sobre tecnologia, sociedade e cultura, criada em comunidade e apoiada por quem a lê.

Subscreve a newsletter e acompanha o que publicamos.

Eu concordo com os Termos & Condições *

Apoia o jornalismo e a reflexão a partir de 2€ e ajuda-nos a manter livres de publicidade e paywall.

Bem-vind@ ao novo site do Shifter! Esta é uma versão beta em que ainda estamos a fazer alguns ajustes.Partilha a tua opinião enviando email para comunidade@shifter.pt