Como se traduz brain rot?
Brain rot foi eleita palavra do ano. Junta-se ao leque de expressões com que vamos fingindo abordar seriamente os efeitos das redes sociais nas sociedades contemporâneas, como já em 2020 tinha acontecido com doomscrolling.
Brain rot foi eleita palavra do ano. Junta-se ao leque de expressões com que vamos fingindo abordar seriamente os efeitos das redes sociais nas sociedades contemporâneas, como já em 2020 tinha acontecido com doomscrolling.
Xullaji é um nome incontornável no panorama do hip-hop português. Mas o seu trabalho e a sua influência vão muito além das fronteiras do género; com uma consciência política aguçada e uma curiosidade ávida, falou com o Shifter sobre o seu percurso e as suas mais recentes reflexões em torno dos algoritmos que inspiram trabalhos como Templo de Sílica.
Na ressaca do X o Bluesky parece a rede social perfeita mas é bom não nos deixarmos cair na ilusão. O céu agora está azul mas as nuvens podem aparecer.
O livro de Layla Martínez, Caruncho, agora disponível numa tradução portuguesa pela mão da editora Antígona, é uma obra de alta-ficção literária com nuances de
Embora o hype tecnológico em torno da blockchain tenha gerado críticas pelo alto consumo energético, a Inteligência Artificial segue sem receber o mesmo escrutínio. E se a IA for parte do problema e não da solução para a crise climática? Esta é uma análise crítica sobre esses impactos e a necessidade de incluir a questão ambiental no debate sobre o futuro da tecnologia.
Os meses que passaram foram ricos em recomendações. Costuma ser assim a cada rentrée: é como se a vida tivesse estado em pausa e, em
No final de maio de 2024, Jule Kurbjeweit viajou até Belém para uma residência artística no vale de Cremisan. Este é o registo do que viveu.
O insuspeito Henry Lefebvre caracterizava, num afamado livro, a “reunião de objectos em lojas, montras e expositores” como “razão e pretexto para reunião de pessoas,
“A massificação das imagens tornou o órgão da visão em mero recetor acrítico”. A partir de referências visuais, Maribel Sobreira escreve sobre a forma como vemos o bem e o mal e tudo o que está no meio.
O femicídio ou homicídio de vítimas de violência doméstica quando já decorria uma investigação criminal denota uma grande falha dos sistemas de avaliação de risco, que deveriam ser a base da intervenção dos órgãos de polícia criminal face à denúncia deste tipo de condutas violentas, que se sabe terem tendência a escalar quando ocorre a denúncia da situação pela vítima.
A história do Twitter, agora X, e da dificuldade em abandonarmos colectivamente a plataforma é mais do que uma história sobre tecnologia, é uma história sobre capitalismo, os limites da democracia e os trunfos do populismo.
Vamos percorrer o país com um workshop gratuito e acessível sobre Inteligência Artificial, onde exploraremos criticamente o impacto da IA nas nossas vidas, sociedades e empregos. Temos datas já anunciadas em Setembro e Outubro.
Em memes, danças e até na ida ao supermercado, brat estava em todo o lado, até nas presidenciais norte-americanas. Mas se Kamala Harris É brat, o que é, afinal ser brat?
O seu papel na história da tecnologia foi crucial, mas nem sempre reconhecido. Lynn Conway foi pioneira na concepção de chips e lutou por visibilidade.
Ao expandir as nossas representações visuais e discursivas da IA, temos a oportunidade de influenciar positivamente como esta tecnologia será integrada e utilizada no futuro, promovendo um desenvolvimento mais ético e sustentável. Todas as respostas à pergunta do título estarão de alguma forma erradas, o importante é pararmos de errar sempre no mesmo sentido.
Os 486 minutos de Ronaldo no Euro 2024 mostram como a busca por retornos financeiros consegue distorcer a lógica competitiva do desporto rei.
De que é que serve um calhamaço? Para quê escrever em muito algo que se podia escrever em pouco? As possibilidades de resposta devem ser quase infinitas, mas para mim tem tudo a ver com a operação que este formato permite — ou as operações dentro das operações, vá.
“O problema aqui não é historiográfico ou circunscrito aos discursos públicos que versam sobre a história e memória colectiva. É uma janela a partir da qual nos podemos interrogar sobre o sentido destes debates na contemporaneidade.” José Pedro Monteiro, historiador, explora neste ensaio como questões do passado colonial português reverberam e se reconfiguram na atualidade.
A portuguesa Maria Santos, ativista pela energia comunitária e energias renováveis na Friends of the Earth Europe, defende a democratização do sistema ambiental.
Portugal tem apenas 45 comunidades de energia renovável. O setor não avançou, apesar da existência de fundos europeus, com um mecanismo preso entre a burocracia do processo, a voracidade privada e o monopólio da EDP.
Debruçando-se sobre a relação com o espaço e o corpo, a tecnologia e a desmaterialização do capitalismo, o conhecimento e a ignorância, a crítica e o tempo, Marina Garcés mostra-nos a importância de questionar e criticar o que damos por adquirido.
Uma imagem gerada por IA tornou-se no maior viral desde que começou a operação militar de Israel em Gaza. Se as intenções de cada partilha não são mensuráveis e as consequências se diluem no tempo, o momento é um pretexto interessante para reflectir sobre o que este coro de partilhas nos diz sobre a mediatização digital do conflito, e falar mais uma vez sobre a perversa utilização da Inteligência Artificial no terreno.
Maria Conceição Tavares, economista e professora luso-brasileira, uma das principais figuras do pensamento desenvolvimentista no Brasil, faleceu aos 94 anos no Estado do Rio de Janeiro. Neste artigo revisitamos o seu percuso ímpar.
GTA San Andreas foi o primeiro jogo sandbox que joguei e, talvez por esse motivo, sinto que tenha sido uma incubadora ao meu livre-arbítrio.
Enquanto dezenas de milhares de empresas tentam aproveitar as novas tecnologias de IA generativa para criar aplicações que sejam realmente úteis — não simples geradores de textos a metro ou de quadros decorativos — a narrativa mediática em torno da IA é completamente dominada pelo que vai sendo lançado em Silicon Valley.
Por muito que agitemos, que gozemos, ou chamemos à atenção para o facto de os titãs da tecnologia estarem a retirar as suas referências e os produtos do contexto — tudo é em vão. É óbvio que os CEOs não querem saber do que os críticos culturais pensam das suas aspirações e, para além disso, temos de compreender que estas distopias lhes são activamente úteis.
Baby Reindeer não é a série mais brilhante, mais justa, muito menos a que me serve melhor. Mas tem pontos de interesse que vale a pena analisar.