RIP INTERNET é um pretexto para nos focarmos num tema corrente no nosso trabalho e, de certa forma, colocá-lo no seu devido lugar. Escolhemos matar a internet como quem cria um meme sobre um falecimento inesperado — mas, por vezes, perversamente desejado. A internet não morreu, e esta revista não é um obituário. É um convite a enterrarmos uma certa visão pré-concebida sobre o que é a internet e o papel que ocupa na nossa vida.
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“As redes sociais e as plataformas de streaming servem muitas vezes de sinónimo para internet, e é essa visão que rejeitamos, como numa conversa de final de relacionamento conturbado. Isto não significa que vamos deixar de publicar online ou dedicar atenção à internet, mas reflecte as decisões que fomos obrigados a tomar — em relação ao Twitter, às dificuldades impostas para fintar os algoritmos e falar do que importa, à sensação de dependermos destas plataformas para chegar a tanta gente que nos vai conhecendo diariamente por lá. E o que sentimos ao acompanhar diariamente o mundo, e vermos o papel predominante que o viral, a tendência, os likes e os tweets têm no quotidiano. Sem que com esse poder lhes seja atribuída grande responsabilidade, para lá da regulação difusa e tantas vezes contra-producente.”
A capa desta edição é uma obra do artista Kitasavi, uma escultura digital que funde elementos analógicos com elementos digitais, bidimensionalidade com tridimensionalidade, e que nos ajuda a refletir sobre a materialidade da internet.