Não há dúvidas de que quaisquer que sejam as consequências da implementação em larga escala de sistemas de Inteligência Artificial nas nossas sociedades, este conjunto de tecnologias já marcou o seu momento. Mas faltam os debates sérios, as reflexões pertinentes e os alertas preocupados. Nesta revista, procuramos fazer isso mesmo.
€5,00 – €10,00
Não há dúvidas de que quaisquer que sejam as consequências da implementação em larga escala de sistemas de Inteligência Artificial nas nossas sociedades, este conjunto de tecnologias já marcou o seu momento. Especialmente desde o lançamento público do ChatGPT pela OpenAI que a Inteligência Artificial é como um fantasma a pairar sobre as nossas sociedades. Que ora é visto como a resolução de todos os problemas da humanidade, ora como o maior perigo que a humanidade já enfrentou.No meio de tudo isto não faltam os debates sérios, as reflexões pertinentes e os alertas preocupados, que acabam por nem sempre ter o devido tempo e espaço. É por isso que nesta edição da Revista Shifter recuperamos alguns dos conteúdos que já publicámos online, para lhes consagrar o tempo e espaço devido à reflexão, e os afastar da gestão algorítmica, enquanto assinalamos a importância deste tema neste momento.
Nesta edição procurámos republicar alguns dos conteúdos mais recentes sobre Inteligência Artificial que saíram no Shifter, complementando-os com uma série de outros contributos que, pelo mundo fora, têm sido importantes para a discussão. Sem cair em abordagens simplistas, sem replicar promessas infundadas nem propagar o medo desta tecnologia, reunimos um conjunto de reflexões aprofundadas e ponderadas, que ajudarão o leitor a compreender a Inteligência Artificial — quer do ponto de vista tecnológico, quer do ponto de vista social e político. São reflexões que não propõem directamente uma conclusão ou um desfecho para todo estet ema, procurando, em sentido oposto, fornecer informações, interpretações e exemplos que ajudem o leitor a desenvolver o seu espírito crítico para que o debate sobre a Inteligência Artificial possa ser cada vez mais democrático e cada vez menos um exclusivo de domínios técnicos e de empresas que são parte interessada na promoção da tecnologia. Para que a sua implementação não se foque só nos fins lucrativos para um punhado de empresas, provocando danos colaterais e acentuando desigualdades, escondidas por estratégias de marketing. E para que todos possamos ter uma palavra a dizer sobre esta tecnologia que, garantem-nos, inevitavelmente moldará o nosso futuro.