Revista #4 (Cidades)

Na 4ª edição da revista Shifter, pensamos sobre cidades e para além delas. Com um conjunto de ensaios, reportagens e entrevistas, partilhamos outras perspectivas os espaços onde vivemos e a forma como nos organizamos. Como é hábito, convocamos para a reflexão ideias e temas de outros debates para assim expandir a nossa consciência sobre o que influencia a forma como vivemos em sociedade.

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Sobre esta edição

Quando decidimos fazer uma revista que, de alguma forma, unisse o Shifter e o Lisboa Para Pessoas numa plataforma temática comum, não houve dúvidas de qual seria o tema. A Cidade, âmbito principal do projecto dedicado a Lisboa, e uma unidade estrutural das sociedades em que vivemos. Para lhe dar sentido e o transportar para a dimensão de reflexão que caracteriza o Shifter — e que vai caracterizando esta revista — despedimos a noção de cidade de todos os seus preconceitos, e tentamos tanto quanto possível expandir e aprofundar o significado de cada detalhe que a compõe. É por isso que alguns artigos são, mais do que descrições ou prescrições, reflexões que partem da arquitectura e do urbanismo, mas não se ficam por aí — promovendo uma ideia chave que se foi evidenciando ao longo do trabalho neste projecto.

Uma cidade é mais do que um conjunto de edifícios; é uma das maiores materializações da complexidade da vida contemporânea. Sem representar tudo no mundo — e é importante que o digamos, o mundo não é nem pode ser só cidades —, estas são o símbolo máximo da vida de hoje. E como tal, um bom elemento de estudo. Se há quem diga que a Internet é um bom modelo de estudo para a humanidade, dado que tudo está em constante mudança tal como nas sociedades actuais, a cidade é o contrapeso deste fenómeno, lembrando-nos que toda a mudança transitória se solidifica circunstancialmente, sob a forma de edifícios, bairros, zonas, infra-estru‐ turas, relações espaciais que traduzem as dinâmicas de poder vigente e reflectem a forma de pensar e agir dos homens, oferecendo novas explicações para os problemas com que nos debatemos constantemente como a crise social, expressa na crescente desigualdade, e a crise ambiental.

Como é que estamos a desenhar as nossas cidades? Quem lhes pode pertencer? Quem desfruta da sua existência? E como respondem estas estruturas aos novos ditâmes do mundo contemporâneo, como a proli‐ feração da imagem, a digitalização e a vigilância? Não trazemos respostas fechadas, mas arquitetos, urbanistas e antropólogos dão-nos algumas pistas sobre os caminhos que podemos percorrer para melhor compreender esta maravilhosa cons‐ trução social que decidimos habitar.

Nesta edição:

  • O direito à cidade e o espaço da política: experiências e possibilidades – ensaio de João Mineiro
  • Entrevista com Ana Drago sobre “A Segunda Crise de Lisboa” – entrevista de Guilherme Rodrigues
  • Cidades como espaços democráticos do século XXI – opinião de Guilherme Rodrigues
  • Para quem estão desenhadas as cidades – reportagem de Carolina Franco
  • A Cidade dos 15 Minutos: entrevista a Carlos Moreno – entrevista de Mário Rui André
  • Anupama Kundoo e o problema da standardização – entrevista de Carolina Franco
  • Sociedade da Imagem, Sociedade do Controlo – ensaio de Rossana Fonseca
  • Keller Easterling: A Ecologia da Falha – ensaio de João Gabriel Ribeiro

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