Revista #1 (Pandemia)

O Shifter chegou ao papel.

Quando pensámos em criar uma edição física do Shifter sabíamos que queríamos que servisse de marca dos tempos. Queríamos registar a intemporalidade do quotidiano, escrever uma página na história com as palavras simples e acessíveis com que todos os dias escrevemos, mas a responsabilidade de o fazer num suporte potencialmente eterno. Entretanto, o mundo viu-se a braços com uma pandemia mas nem isso nos demoveu. Pelo contrário.

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Sobre esta edição

Quando pensámos em criar uma edição física do Shifter sabíamos que queríamos que servisse de marca dos tempos. Queríamos registar a intemporalidade do quotidiano, escrever uma página na história com as palavras simples e acessíveis com que todos os dias escrevemos, mas a responsabilidade de o fazer num suporte potencialmente eterno. Entretanto, o mundo viu-se a braços com uma pandemia mas nem isso nos demoveu. Pelo contrário.

Fazê-lo agora, quando é menos expectável, em tempo de total incerteza e à entrada de uma crise financeira, é um sinal claro do que acreditamos ser o papel do Shifter: reiterar a autonomia e a lucidez mesmo nos momentos mais socialmente atribulados. Foi essa constante procura, mais na prática do que na teoria, que nos norteou ao longo dos sete anos de constante mutação e evolução do projeto. Para nós o amanhã nunca foi normal.

É imersos neste espírito e convictos de que o conhecimento acumulado ao longo dos anos nos permite acrescentar algo sólido ao espaço público, que não replique fatalismos nem acene com cataclismos, que embarcamos neste desafio. Tal como cremos que enquanto sociedade o devíamos fazer.

Se os problemas são complexos, assim devem ser as discussões e as soluções; numa prática que rejeite liminarmente a simplicidade populista ou a alienação de consensos manufacturados à medida. Porque num mundo em constante mudança nenhum amanhã será algum dia normal para quem quer dar espaço à inquietação.

Nesta edição:

  • O grande vento – crónica de Pedro Ramos
  • Um vírus no sistema – reportagem de João Ribeiro
  • A alquimia do dinheiro digital – crónica de Miguel Melo
  • The Ad-Free Collective Penthouse – ensaio de Daniel Hoesen e Dimas Santos
  • Quando não há isolamento social mas uma sociedade isolada – crónica de Matheus Andrade
  • A ânsia de ver o mundo lá fora – reportagem de Rita Pinto
  • Quando a crise é protagonista num palco vazio – reportagem de Gabriel Ribeiro
  • 4 criativos de quarentena – reportagem de Pedro Caldeira
  • Imunidade artística ou arraso cultural – crónica de Edgar Almeida

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