A poucos dias de se assinalar os 50 anos do 25 de Abril, conversamos sobre democracia. É este o ponto de partida de um ciclo de três conversas sobre Inteligência Artificial e as interseções com outras áreas das nossas vidas cuja relação pode não ser imediata. Se as redes sociais já tinham trazido questões importantes para debater, no que concerne à democracia e à liberdade, a IA veio trazer novas camadas ao debate.
Nesta primeira conversa, o jornalista e director do Shifter João G. Ribeiro conversa com Guya Accornero, Professora de Ciência Política e subdirectora do Observatório da Democracia, e Paulo Dimas, CEO do Center for Responsible AI – consórcio de desenvolvimento de IA. Cruzando pontos de vista técnicos, políticos, e sociais, procuraremos olhar para a História e perceber o que (ou se) podemos antever do futuro e responder a algumas questões de partida.
Será a revolução da Inteligência Artificial transformadora ao ponto de provocar mudanças na nossa democracia? O que nos diz a história e o que podemos antever no futuro? Será a IA um antídoto para a desinformação ou catalisador que tornará este fenómeno ainda mais difícil de lidar? Será a IA uma tecnologia democrática? Estas são algumas das questões em debate.
Guya Accornero
Professora Auxiliar em Ciência Política no Iscte-IUL e investigadora integrada no CIES-Iscte. Foi co-chair da Research Network Movimentos Sociais do Council of European Studies, sendo agora membro do board. Desde 2020 co-coordena o grupo de investigação Política e Cidadania (CIES-Iscte) e é vice-diretora do Observatório da Democracia e da Representação Política.
Paulo Dimas
É o CEO do Center for Responsible AI, um consórcio liderado pela Unbabel que reúne 10 startups na área da IA, um escritório de advocacia, sete centros de investigação e cinco empresas líderes do setor com a missão de impulsionar a próxima geração de produtos de IA orientados de acordo com os princípios e as tecnologias de uma IA Responsável. É também Vice-Presidente para a Inovação na Unbabel.