Já tínhamos todos reparado. O Covid-19 parou mundialmente a economia e, consequentemente, colocou em suspenso os planos de comunicação das marcas. Estas tiveram de adiar ou alterar campanhas de publicidade, adaptando-se ao contexto actual. Resultado: praticamente todas os anúncios na televisão tornaram-se iguais e igualmente aborrecidos.
Enquanto algumas marcas decidiram comunicar os seus sites e apps numa de capitalizar este virar repentino para o digital, outras decidiram abrir os seus arquivos e recorrer a bancos de imagens para montar mensagens de esperança. Dizem-nos que vai ficar tudo bem, que estarão cá quando tudo isto passar ou mostram-nos o que estão a fazer para nos ajudar neste momento difícil. Supermercados mostram as suas equipas dedicadas a manter as prateleiras arrumadas, seguradoras falam do que estão a fazer pelos profissionais de saúde e operadoras referem que têm equipas no terreno para garantir que as comunicações não falham.
No final de contas, muda a marca, alteram-se as palavras, mas os anúncios são todos iguais. Por cá e também nos Estados Unidos, onde um internauta – Microsoft Sam – decidiu recortar diferentes vídeos publicitários de diferentes marcas e montar tudo num anúncio de 3 minutos. Um só anúncio que vale por todos e que é acompanhado pela mesma música melancólica que, por esta altura, estamos fartos de ouvir.