É uma aplicação simples ao nível da interface e com um design bastante cru, mas que funcionalmente cumpre o propósito para qual foi desenvolvida: divulgar arte urbana. A Wander nasceu na Universidade de Coimbra – foi um projecto de cinco alunos para uma disciplina do 3º ano de licenciatura em Engenharia Informática, mas as ambições do grupo transcendem as paredes da sua faculdade.
José Braga, Diogo Antunes, João Borges, José Simões e Rodrigo Martins criaram a Wander, uma aplicação para telemóvel que pretende estimular a partilha de arte urbana através de uma rede social semi-anónima. Descarregando a Wander, é-nos pedido um registo simples só com um nome de utilizador e uma palavra-passe; logo de seguida, estamos dentro da Wander. A app tem uma câmara que nos permite tirar uma foto a uma obra de arte urbana que vimos na rua, e publicá-la com uma descrição e o autor. A peça fica imediatamente disponível na app e num mapa, podendo ser encontrada por outros utilizadores.
Não há gostos nem comentários, mas cada utilizador da Wander pode preencher o seu perfil com alguns dados pouco identificativos da sua individualidade real, como o seu “nome de rua” ou a sua cor favorita. Além de arte urbana, a Wander pretende também ser um espaço de partilha de locais abandonados e de outros pontos de interesse de cultura alternativa.
No fundo, a Wander, uma espécie de “Instagram” para a arte urbana, quer estimular os utilizadores a partilhar o que vêem na rua com a restante comunidade, promovendo dessa forma a divulgação da arte urbana e dos seus artistas. Disponível de momento para Android na Play Store, há a promessa de uma versão iOS e da expansão para mais cidades. Na verdade, de momento a maior parte das fotos partilhadas na Wander são em Coimbra, mas num e-mail ao Shifter o grupo de jovens garante já ter alguns membros em Lisboa e que, “quando estivermos estabelecidos em Portugal com confiança, temos a capacidade de expandir a aplicação para qualquer outro país do mundo”.
Se és alguém que gosta de passear por uma cidade, vila ou aldeia e cruzar-te com novos murais de arte urbana, saberás o quão entusiasmante pode ser essa descoberta e conhecerás provavelmente aquele desejo de a partilhar com mais pessoas. Podes acompanhar o desenvolvimento da Wander na sua página de Facebook.
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