Acontece mais vezes do que se calhar podemos pensar e consiste no esgotamento físico, mental e psíquico de alguém, normalmente associado ao stress no trabalho. “Burnout” , conhecido também como síndrome de esgotamento profissional, passou a constar na lista das doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No passado sábado (25 de maio), o termo foi aprovado na lista Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS como um problema associado ao emprego e também desemprego. A aprovação da 11ª revisão desta lista aconteceu durante a 72ª assembleia da OMS em Genebra, Suíça.
Assim, pela primeira vez, o “burnout” é oficialmente considerado uma doença, como refere Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS. Porém, na 10ª revisão da CID já estava no capítulo “fatores que influenciam o estado de saúde ou o contacto com os serviços de saúde”, que inclui razões para contactar os serviços de saúde que não são consideradas doenças, esclarece Alison Brunier do departamento de comunicação da OMS.
A revisão da CID tem como objetivo padronizar a codificação das doenças e outros problemas relacionados com a saúde. A 11ª versão da CID está disponibilizada em formato eletrónico e pode ser incorporada em aplicações eletrónicas de saúde e sistemas de informação, de forma a melhorar a acessibilidade do documento.
Na lista, também estão incluídos os “distúrbios com videojogos” e o comportamento sexual compulsivo classificados como transtornos mentais. O transgenderismo mudou-se para o capítulo das “perturbações relacionadas com a saúde mental”, ao invés da classificação anterior como transtorno mental. A 11ª revisão da CID entrará em vigor a 2022, sendo que a versão anterior corresponde ao início de 1990.
https://shifter.sapo.pt/2018/06/burnout-stress-trabalho/
(Artigo redigido com o novo AO)