O transporte de mercadorias é actualmente uma das atividades que mais contribui para a taxa de emissões de carbono. Por isso, Suécia, Alemanha e Estados Unidos da América estão a testar inverter este cenário com a criação de “estradas electrificadas” para camiões, de forma a promover o transporte ecológico.
A Suécia foi a primeira a estrear a “estrada elétrica”, em 2016, através de uma parceria entre a Siemens e a Scania de que resultou a eHighway. O sistema é parecido ao da ferrovia elétrica, tem cerca de 2 km e fios suspensos a que um camião devidamente equipado pode conectar-se; desta forma, o veículo pode desativar o motor de combustão e seguir apenas com eletricidade, o que pode ser mais ecológico e económico. A eHighway foi projetada para permitir que os camiões se conectem e desconectem dos fios enquanto viajam até 90 km/hora.
Segundo a Cleantech Canada, a Suécia comprometeu-se a uma política de zero-fuel nos seus sistemas de transportes até 2030, o que poderia vir a reduzir o consumo de energia para metade. O projeto sueco tem três anos, sendo que, após o segundo ano foram realizados testes no terreno e há planos para que seja implementado fora de Estocolmo e em importantes artérias no resto do país.
Os Estados Unidos foram os seguintes a testar o sistema, implementando-o no ano de 2017 em Carson, Califórnia, numa extensão de quase 2 km, de acordo com a New Atlas. A estes dois países segue-se agora a Alemanha, país onde nasceu a ideia, com um percurso com cerca de 5 km na autoestrada entre Frankfurt e Darmstad a servir de pista de ensaio à mesma tecnologia.
Ainda que por agora o sistema não vá ter grande impacto na Alemanha — apenas cinco camiões poderão recorrer a esta tecnologia — se pensarmos que cerca de 10% dos 135 mil veículos diários da estrada em questão são camiões pesados, esta medida revela o seu potencial. Uma redução significativa nas emissões de carbono seria possível se mais camiões aderissem ao sistema, com a mais-valia de que poderiam circular com carga durante mais tempo.
(Artigo redigido com o novo AO)