Inicialmente uma secção integrada no RTP Play, o RTP Palco ganhou a sua maturidade e agora é uma plataforma à parte de streaming de conteúdos. Com uma morada dedicada e apps próprias para iOS e Android, o RTP Palco pretende agregar o universo de espectáculos que habitualmente se realizam pelas salas de espectáculo dos centros urbanos e que, assim, podem chegar a todo o país.
O maior palco do país é em tua casa, no jardim e na rua.
A RTP Palco tem espetáculos para todos e em todo o lado: com conteúdos recentes, em direto, de arquivo, em parceria com as mais relevantes instituições de cultura.
Vamos celebrar as artes. https://t.co/eyEAXtx6oB pic.twitter.com/twZwgxkwU1
— RTP Palco (@RTPPalco) April 28, 2020
Plataforma funcionará simultaneamente como um arquivo desses espectáculos, preservando-os no tempo. Por estes dias, o RTP Palco acaba por ter um papel diferente: o de fazer a cultura chegar às pessoas, numa altura em que os espaços onde se realiza estão fechados. “O projecto RTP Palco é um projeto com ambição, que começou a ser pensado e depois desenvolvido há mais de um ano e meio. Foi uma feliz coincidência a estreia ocorrer nesta altura”, descreve João Pedro Galveias, Director Serviços Digitais e Multimédia.
O maior palco do país
Música, dança, teatro e circo. As chamadas artes performativas têm todas elas, sem discriminação, palco neste RTP Palco. É possível navegar por cada um destas artes ou visitar palcos específicos, chegando rapidamente aos espectáculos da Casa da Música, do Teatro D. Maria II ou da Fundação Calouste Gulbenkian disponíveis na plataforma. Para André Cunha Leal, curador do novo RTP Palcos, a plataforma divide-se em cinco eixos fundamentais, que apresenta ao Shifter de seguida:
- agregar os conteúdos culturais transmitidos nos diversos canais de rádio e televisão da RTP. “O objetivo é alargar no espaço e no tempo a oferta existente deste tipo conteúdos, que passam a ter na RTP Palco uma plataforma dedicada para poderem ser revisitados.”
- colocar acessível “o riquíssimo arquivo da RTP, dando-lhe enquadramento próprio, através do olhar atento de uma série de personalidades a que chamamos ‘Embaixadores’. Estes, para além da selecção de conteúdos, farão também a sua apresentação. Esse enquadramento pode ser histórico, social ou até mesmo biográfico”;
- “proporcionar um canal próprio para a distribuição dos arquivos das várias instituições de cultura que se quiserem associar a RTP Palco, criando-lhes um espaço dedicado”;
- transmitir espectáculos em directo ou disponibilizá-los pouco tempo depois de saírem de palco. “Um dos principais objetivos da RTP Palco é trabalhar com as forças vivas da cultura, parceiros como centros culturais, teatros, autarquias, fundações e produtores independentes, de forma a captar aquilo que se passa nos principais palcos nacionais, levando os espetáculos até ao ecrã mais próximo, ao mesmo tempo que se constrói o arquivo do futuro”;
- “promover novas formas de espetáculo, tirando partido dos meios digitais”.
Durante o mês de Maio, Miguel Leal Coelho, gestor e apaixonado por música e artes perfomarativas, ex-presidente do Centro Cultural de Belém, será embaixador do RTP Palcos. Estará assim encarregue de olhar para o arquivo da RTP, com a responsabilidade de seleccionar alguns dos melhores tesouros do mesmo. Seguir-se-ão Sofia Campos, directora artística da Companhia Nacional de Bailado, Tiago Rodrigues, encenador e director artístico do Teatro D. Maria II, a cantora lírica Ana Paula Russo e ainda Carlos Avilez, encenador e director artístico do Teatro Experimental de Cascais, como embaixadores.
Podes visitar o RTP Palco em rtp.pt/play/palco e descarregar as aplicações móveis para iOS e Android. Como o RTP Palcos se baseia na RTP Play, estão disponíveis integrações como o Chromecast e o AirPlay, que permitem o visionamento dos conteúdos na televisão a partir do computador, tablet ou telemóvel.
Um palco com tecnologia da RTP Play
Com o confinamento social, a RTP Play tem-se adaptado às novas circunstâncias. De imediato, o serviço de streaming da estação pública disponibilizou uma nova secção #FiquemEmCasa, com sugestões de séries e de outros conteúdos para ver no tempo livre. Depois, por consequência do fecho das escolas e em colaboração com o Ministério da Educação, nasceu o #EstudoEmCasa, um projecto de conteúdos educativos para apoiar os alunos do 1º ao 9º ano e as emissões regulares da ‘nova Telescola’ que estão a acontecer na RTP Memória.
O #EstudoEmCasa surgiu em tempo recorde e só conseguiu ganhar a dimensão digital que tem por ser baseado na tecnologia da RTP Play. O código do site e das apps móveis é partilhado com a RTP Play, pelo que o esforço de desenvolvimento da nova plataforma foi mais baixo do que teria sido se tivesse sido criada um produto de raíz. Esta estratégia permite à RTP colocar cá fora novos serviços de streaming e foi isso que fez esta semana com o RTP Palco, o segundo filho a sair da casa da RTP Play.
“A framework tecnológica e de gestão de conteúdos da RTP Play tem estado a ser desenvolvida ao longo dos últimos anos e está cada vez mais robusta, fornecendo à RTP muitas soluções para o desenvolvimento de novos produtos”, explica João Pedro Galveias, director de serviços digitais e multimédia da RTP, ao Shifter por e-mail. “Não se trata de criar clones mas sim de estender os serviços e criar novas instancias de distribuição e contextualização de conteúdo digital.”
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