Plataformas de chat e videochamada são pontos de encontro em tempos de Covid-19

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Plataformas de chat e videochamada são pontos de encontro em tempos de Covid-19

Do Houseparty ao Skype, do Slack ao Zoom, passando pelo português Colibri, o período de isolamento social tem levado várias pessoas a usar plataformas online para manterem as suas actividades profissionais ou o contacto social com os amigos.

Da plataforma portuguesa Colibri (feita a meias com os norte-americanos da Zoom) a serviços bem conhecidos como o Skype ou o Slack. O isolamento social recomendado ou forçado pelas autoridades de saúde, em Portugal e no resto do mundo, para combater o Covid-19 tem levado várias pessoas a usar plataformas online para manterem as suas actividades profissionais ou o contacto social com os amigos.

Do Houseparty ao Slack

O Houseparty foi uma aplicação lançada em 2016 e que se popularizou por permitir realizar videochamadas de grupo muito facilmente e com alguns extras, como filtros engraçados ou, mais recentemente, a possibilidade de jogar durante a chamada. Apesar de apps como o Messenger, o WhatsApp, o Facetime ou mesmo o mais “velhinho” Skype também permitirem videochamadas de grupo, o Houseparty viu a sua popularidade crescer por estes dias, especialmente na Península Ibérica, provavelmente por ter actividades divertidas incorporadas, que permitem replicar melhor o ambiente de um café com amigos, ou um jantar em casa de alguém.

Screenshot via Google Trends

Grupos de amigos estarão a recorrer ao Houseparty para conviverem virtualmente, e nas redes sociais, quase todos nós já teremos visto screenshots desses momentos. O pico no Houseparty terá sido tal que os servidores da app não aguentaram:

Mais estáveis estarão as máquinas que dão corpo ao Slack, uma das principais e mais conhecidas aplicações de trabalho remoto. No seu blogue, o Slack garante que o seu sistema assenta numa arquitecta “desenhada para acomodar automaticamente picos de tráfego ao longo do dia (…), garantindo que a capacidade do servidor corresponde não apenas às necessidades colocadas no sistema, mas também à região da qual essa necessidade é originária”. Na prática, o Slack tem um sistema distribuído globalmente e com redundância de forma a garantir que o serviço está sempre ON e sem quebras. Até ao momento, não existem registos de downtimes.

Com essa estabilidade prometida e cumprida, o Slack procura responder não só a todas as empresas que decidiram colocar os seus funcionários em trabalho remoto e que possam, nesta altura crítica, começar a usar a aplicação, mas também às comunidades que através do Slack estejam a trabalhar em soluções de resposta à emergência do Covid-19, como é o caso do techCOVID19, em Portugal. Para essas comunidades, o Slack está a oferecer actualizações para o seu planos pagos, que, ao contrário do gratuito, não colocam limitações aos números de mensagens visíveis.

Também a equipa do Microsoft Teams, principal concorrente do Slack, está atenta e prevenida para eventuais sobrecargas da plataforma, conforme escreve no seu blogue. O mesmo será válido para o Skype, cuja conta de Twitter partilhou o mesmo link do Microsoft Teams (o Skype é propriedade da Microsoft).

Do Colibri ao Zoom

Professores e estudantes estão a recorrer ao Skype para garantir o contacto, mas nas universidades portuguesas está a ser recomendado o uso do Colibri. Este serviço foi desenvolvido pela unidade de Computação Científica Nacional da Fundação Para A Ciência e Tecnologia (FCCN-FCT), baseia-se na tecnologia norte-americana Zoom e é, segundo a sua página web, “destinado à comunidade académica e científica de Portugal, para reuniões, trabalhos de grupo, aulas e tutorias”.

Homepage do Colibri (screenshot via Shifter)

De acordo com uma notícia do jornal Público, o Colibri tem registado uma procura fora do habitual. Na quinta-feira passada, a plataforma que costuma ter menos de 2 mil utilizadores diários foi utilizada por perto de 60 mil pessoas, um aumento de 2800%. “Em vez das típicas 210 reuniões diárias, fizeram-se através do Colibri mais de 3574 reuniões”, descreve o Público. A mesma fonte refere que a FCCN-FCT antecipou o aumento da procura e reforçou a capacidade da plataforma para permitir, em teoria, 780 mil pessoas e 2600 reuniões em simultâneo.

O Zoom, tecnologia norte-americana em que se baseia o Colibri, é também uma plataforma própria e que está disponível com diferentes planos de preço, existindo uma funcionalidade gratuita. Através do Twitter, alguns utilizadores têm reportado o uso do Zoom sem quebras, alguns deles nunca tinham usado o serviço anteriormente.

De um modo geral, as plataformas digitais parecem estar a responder bem à procura mais elevada por estes dias. Resta saber se a Internet enquanto infra-estrutura, aguentará, como questiona o New York Times.

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