Lançada originalmente em 2014, a Gerador surge estes meses de Julho e Agosto renovada nas bancas. Uma nova revista que mantém no seu ‘código genético’ a cultura enquanto algo universal, feito por todos em qualquer lugar, mas que apresenta agora uma promessa única: a Gerador quer “afirmar-se como uma referência na investigação jornalística cultural”.
É que sites e blogues de cultura há vários, quase todos se dedicam a reportar as mais recentes estreias de cinema, as séries que estão a fazer furor no streaming ou os concertos mais badalados que passaram pela capital. Já a Gerador quer ir mais a fundo; se essa cobertura cultural cabe online, na revista que sai de dois em dois meses a equipa propõe-se a fazer jornalismo de investigação aplicado à cultura, dedicando tempo e espaço não só aos produtos culturais como a quem está nos seus bastidores a fazer com que tudo aconteça.
Nesta primeira edição da nova revista – que é o número 26, em boa verdade —, a Gerador apresenta uma radiografia inédita da cultura em Portugal com base num estudo promovido pela própria revista de norte a sul, em parceria com a empresa de estudos de mercado QMetrics, um dos grandes marcos desta mudança, que a associação pretende tornar anual. Para além desse lado estatístico, há ainda espaço, claro, para reportagens e entrevistas que seguem algumas das pistas deixadas pelo estudo. Os caminhos que artistas, autores, programadores e mediadores culturais, académicos, decisores traçam para a cultura português são nesta edição o tópico central que pretende servir de mote para um mergulho cada vez mais fundo no universo cultural português, sem impor limites mas à procura de perceber quais são.
Na revista surgem ainda crónicas de Salvador Sobral ou Luís Ferreira, programador do 23 Milhas e Bons Sons, entre outros nomes da cena cultural portuguesa; e trabalhos literários, gráficos e fotográficos de novos talentos que ajudam a equilibrar cada edição.
“Escrevemos sobre os temas fundamentais da cultura portuguesa, com profundidade rigor e dedicação, mas também com descontracção, humor e capacidade de encaixe. Reflectimos sobre o que nos importa a todos, sobre os direitos e sobre os deveres, independentemente de estarmos no litoral ou no interior, no norte ou nas ilhas. Todos os bimestres convocamos artistas, decisores e entidades para se expressarem de forma aberta, com obras, textos, ideias e provocações.”
A Gerador foi fundada por Tiago Sigorelho, Miguel Bica e Pedro Saavedra; Tiago e Miguel são presidente e vice-presidente da Associação Cultural Gerador, que detém a publicação. Actualmente, a revista tem como responsável editorial Andreia Monteiro, conta com os repórteres Carolina Franco, Ricardo Gonçalves e Rita Santos, e tem nesta nova fase o design a cargo de Hugo Henriques e Carla Rosado.
Com o conjunto da revista, do site e do espaço recentemente inaugurado no Lumiar, em Lisboa, onde têm lugar conversas, momentos ma Gerador afirma-se como “uma plataforma de ação e comunicação para a cultura portuguesa” e diz que “existe porque tem de ser”. O espaço no Lumiar, a que chamaram Central Gerador, está aberto de quinta a domingo e pretende posicionar-se como um extensão física da revista promovendo conversas sobre os tópicos abordados editorialmente, momentos musicais, pequenas exposições ou outras actividades culturais,
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