Enquanto que o Facebook vive do gráfico social dos nossos amigos e familiares, no Twitter conseguimos juntar uma pequena rede de pessoas que partilham os mesmos interesses que nós, e que têm vontade de discutir esses temas. O Twitter, até pelo próprio desenho da plataforma, é mais conversacional e isso dá aso a iniciativas como o #TwitterChatPT.
Nós, Shifter, fomos os convidados da última edição do #TwitterChatPT, que se realiza duas vezes por mês e que é montado pela Joana Rita Sousa, que é da casa, com o apoio de uma equipa de utilizadores e da agência digital Active Media. “O #TwitterChatPT surgiu em Dezembro de 2018. Eu já participava em vários chats, sobre marketing digital, comunicação e educação (as minhas áreas de interesse) e sentia falta de um Twitter chat 100% em português”, explica ao Shifter.
“Acabei por criar o #TwitterChatPT para o qual convido pessoas e marcas para falar de temas relacionados com marketing, comunicação – e não só. O #TwitterChatPT pretende proporcionar um tempo e espaço de conversa, em que o convidado partilha o seu ponto de vista sobre o tema e todos podem fazer o mesmo.”
Participar num #TwitterChatPT é uma experiência peculiar. Com a devida antecedência, a Joana discute connosco o tema da nossa sessão e as perguntas que nos fará – são oito no total, enquadradas numa imagem bonita feita pela Active Media. Temos um Google Docs já com todas as questões e onde podemos ir já preparando as respostas, para que no curso do #TwitterChatPT consigamos conjugar o que esboçámos previamente, com algum improviso no momento e conversas iniciadas espontaneamente por alguns utilizadores a seguir o Twitter chat.
…go! o #twitterchatpt #11 está a começar e hoje contamos com a malta do @SHIFTERpt pic.twitter.com/cDzrehTQDc
— 🟣 joana rita sousa 🦄 💩💎 (@JoanaRSSousa) April 18, 2019
antes de começarmos a conversa, recordamos as "regras da casa" #twitterchatpt pic.twitter.com/pGHanIfZRU
— 🟣 joana rita sousa 🦄 💩💎 (@JoanaRSSousa) April 18, 2019
A Joana Rita de Sousa, que é a host desta iniciativa ‘twitteriana’, já nos tinha alertado que ia ser tudo muito rápido. As oito perguntas foram lançadas com intervalos de 5 minutos entre as 11 e as 12 horas. Nós respondíamos e quem quisesse responder também o fazia. Das oito, uma das questões era um ‘icebreaker’, um quebra-gelo antes de se iniciar a conversa a sério. Ao #TwitterChatPT juntaram-se por volta das 11 horas várias pessoas: apresentavam-se, partilhavam o entusiasmo por estar quase uma sessão do já famoso ‘chat twitteriano’.
R icebreaker: Em todo o lado, desde os canais internos do Shifter onde corre muita informação partilhada pelo nosso pessoal, passando pelos feeds RSS onde temos as nossas preferências até às redes onde contamos com as partilhas da comunidade #twitterchatpt
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
Toda a conversa foi partilhada com a hashtag #TwitterChatPT, perguntas, respostas, comentários, memes, piadas… Com isso, não só a dita hashtag chegou mais uma vez às tendências do Twitter como se tornou uma forma simples de seguir a discussão. Como tudo aconteceu tão rápido, acompanhar a conversa em tempo real pode ter sido traiçoeiro: eram tantos os tweets a cair que se tornou difícil para nós seguir e responder a todos conveniente, mas esse stress faz parte da dinâmica.
Agora, com mais calma, podem rever o nosso #TwitterChatPT neste Twitter Moment:
⚡️ “#twitterchatpt #11”
comunicação social & slow journalism > @SHIFTERpt https://t.co/JY2enEwnV8— 🟣 joana rita sousa 🦄 💩💎 (@JoanaRSSousa) April 18, 2019
Partilhamos também algumas dos nossos destaques:
R1a: É complicado responder. Nós mudámos de nome de Hype para Shifter a 25 de Novembro de 2013, é essa a data da nossa fundação. O artigo que publicámos nesse dia foi sobre a morte do Brian no Family Guy. Hoje seria um artigo nada a ver connosco #twitterchatpt
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
R2: Depende dos dias e dos algoritmos. Os assuntos que estão na ordem do dia têm sempre mais hype e acabamos por tentar criar audiências em termos de nichos que têm pouca representação: pessoas, temas, projectos, etc #twitterchatpt
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
R3a: É um nome bonito que inventaram para tentar que as pessoas percebam que o tempo que se passa a ler um artigo é útil e enriquecedor #twitterchatpt
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
R3c: O @fumacapt e o @JornalMapa são bons exemplos, só fazem ‘slow journalism’. Também tens muitos conteúdos de consumo lento nos media tradicionais, mas às vezes passam despercebidos #twitterchatpt
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
R4: É a responsabilidade de ator principal. Todavia, as instituições devem fazer um esforço para dar ao jornalista todas as condições para que este sinta que valha a pena esta guerra. #twitterchatpt
— Rui Sousa (@RuiASousa) April 18, 2019
R4b: Exemplo: se habituarmos as pessoas que uma fotografia é uma "notícia", qualquer fotografia mesmo alterada começa a ganhar valor de notícia na cabeça das pessoas. É por isso que valorizar o que as pessoas entendem por notícia é a parte fundamental. #twitterchatpt
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
R5: Procurando partilhas com mais significado e menos emoção. É facto que a emoção gera mais interação mas a comoção generalizada nunca é um bom sinal. Veja-se a corrida às bombas #twitterchatpt
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
R5c: Andamos a ler o "The Internet Doest Not Exist" e há com cada ensaio… que nos deixa a pensar nestas coisas. Para referência: https://t.co/iOFXIvB6K4 #twitterchat
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
R6: Resistir às tentações: o viral, o directo, o drama, o pop, o polarizador… há muitos caminhos fáceis na internet que geram resultados sem gerar valor, tentamos manter-nos à parte. #twitterchatpt
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
felizmente acho que isso está a mudar. Também sei que vivemos numa espécie de bolha mas aos poucos sinto esta mudança nas pessoas que buscam algo mais do que o viral. #twitterchatpt
— Bruno Nunes (@brunostorming) April 18, 2019
R6d: "Um media é como um baixo, podia tocar a música toda mas vale pelo facto de saber entrar no tempo certo". Desde o 9/11 que vivemos num "última hora" e são TODOS os media, mesmo os de cultura ou outros temas que não o justificam. #twitterchatpt
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
https://twitter.com/Marco_Cotas/status/1118830252791353344
R7b: Lá por fora, seguimos desde o @guardian ao @nytimes, @theintercept, @voxdotcom, @FastCompany, @WIRED… #twitterchatpt
— Shifter (@SHIFTERpt) April 18, 2019
E fiquem com as próximas datas do #TwitterChatPT:
agenda #twitterchatpt
#12 🗓 09/05 – 🍬 @DrBayardOficial
#13 🗓 23/05 – 🤔 @robistyping
#14 🗓 06/06 – 🚨 @INEMtwitting
#15 🗓 20/06 – 📊 @jvitoria
#16 🗓 11/07 – 🐰 @SebastiaoPixeis
#17 🗓 25/07 – ✅ @viaverdept👉 às ⏰ 11h (gmt lisboa)
— 🟣 joana rita sousa 🦄 💩💎 (@JoanaRSSousa) April 18, 2019
