O Verão aproxima-se. O Bons Sons aproxima-se. De 8 a 11 de Agosto é altura de voltar à aldeia de Cem Soldos, em Tomar, para conhecer o melhor que a música portuguesa tem para oferecer. Com imagem renovada e uma aldeia em manifesto, o festival da aldeia mais cultural do país regressa com dois novos palcos, mais de 50 concertos e um recinto mais alargado, nesta edição que será comemorativa dos 13 anos e das 10 edições de Bons Sons. Haverá mais aldeia e menos pessoas, tendo a lotação diminuído de 40 mil para 35 mil pessoas.
Por ser uma edição especial, a programação será também especial. Vai existir um concerto de abertura e uma festa de encerramento – a primeira com a Orquestra Filarmónica Gafanhense, que irá compor e interpretar dez temas, um por cada edição do Bons Sons, sendo escolhido um tema de um músico ou de uma banda de cada edição; a segunda será uma festa com curadoria de Moullinex.
Além disso, foram convidadas 13 bandas que já tocaram no Bons Sons que se irão organizar em seis concertos especiais, isto é, seis dar concertos em conjunto, incluindo a apresentação de algumas composições inéditas: haverá First Breath After Coma com Noiserv ou Joana Espadinha com Benjamin; dos 13 regressos, só os Diabo Na Cruz terão o palco só para eles.
- Diabo Na Cruz
- First Breath After Coma + Noiserv
- Glockenwise + JP Simões
- Joana Espadinha + Benjamim
- Lodo + Peixe
- Sensible Soccers + Tiago Sami Pereira
- Sopa de Pedra + Joana Gama
Mas o cartaz completo do Bons Sons, apresentado esta terça-feira aos jornalistas em Cem Soldos, não se fica por aqui. Haverá Tiago Bettencourt, Júlio Pereira, Luísa Sobral, Helder Moutinho, Budda Power Blues & Maria João, Dino D’Santiago, Pop’Dell Arte, X-Wife, Três Tristes Tigres, Stereossauro, DJ Ride, Fogo Fogo, Scúru Fitchádu, Paraguaii, Baleia Baleia Baleia, Tape Junk, Miramar, Pedro Mafama, Senza, Afonso Cabral, Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva, Raquel Ralha & Pedro Renato, Jorge da Rocha, Mano a Mano, Sallim, Galo Cant’Às Duas, Tiago Francisquinho, Gator, The Alligator, Cosmic Mass, Francisco Sale, Rui Souza, Valente Maio, Ricardo Leitão Pedro, DJ Narciso, DJ João Melgueira, Carlos Batista, Vénus Matina, Mil Folhas, Telma, Cal, Adélia, Pequenas Espigas e Vozes Tradicionais Femininas.
No âmbito da parceria de programação entre o Bons Sons e o Festival Materiais Diversos e o Curtas Em Flagrante, o Auditório Agostinho da Silva receberá os espectáculos Coexistimos, de Inês Campos, Danza Ricercata, de Tânia Carvalho, Nem A Própria Ruína, de Francisco Pinho, João Dinis Pinho e Dinis Santos, e uma selecção de curtas-metragens a anunciar em breve.
Ainda no âmbito da programação do auditório, foi estabelecida uma nova parceria entre o festival e o Fumaça, um projecto de jornalismo independente, progressista e dissidente, responsável pela organização de alguns debates e conversas durante o festival.
Programação
Palco | 8/08 |
9/08 | 10/08 | 11/08 |
Lopes Graça | Diabo na Cruz
Fogo Fogo |
Budda Power Blues & Maria João
Helder Moutinho |
Tiago Bettencourt
Pop Dell’Arte |
Júlio Pereira
Dino D’Santiago |
Zeca Afonso |
Orquestra Filarmónica Gafanhense | First Breath After Coma + Noiserv
Lodo + Peixe |
Stereossauro
Miramar |
Luísa Sobral
Sopa de Pedra + Joana Gama |
António Variações |
Joana Espadinha + Benjamim
X-Wife |
Scúru Fitchádu
Paraguaii |
Glockenwise + JP Simões
Baleia Baleia Baleia |
Sensible Soccers + Tiago Sami Pereira
Tape Junk |
Amália | Senza | Afonso Cabral | Três Tristes Tigres | Ricardo Toscano e João Paulo Esteves da Silva |
Giacometti | Raquel Ralha & Pedro Renato
Mano a Mano |
Gator, The Alligator
Sallim |
Jorge da Rocha
Tiago Francisquinho |
Pedro Mafama
Galo Cant’Às Duas |
Aguardela | DJ João Melgueira | DJ Narciso | DJ Ride | Moullinex (festa de encerramento) |
Carlos Paredes |
Francisco Sale | Rui Souza | Valente Maio | Ricardo Leitão Pedro |
MPAGDP | Carlos Batista
Vénus Matina |
Cal
Adélia |
Mil Folhas
Pequenas Espigas |
Telma
Vozes Tradicionais Femininas |
Auditório Agostinho da Silva |
Coexistimos, de Inês Campos | Danza Ricercata, de Tânia Carvalho | Curtas Em Flagrante | Nem a Própria Ruína, de Francisco Pinho, João Dinis Pinho e Dinis Santos |
Novos palcos
Estes concertos dividem-se em três palcos: Lopes-Graça, Zeca Afonso e num novo palco: Palco António Variações. Este palco situa-se no local do antigo Palco Eira e é uma homenagem ao cantor e compositor português que marcou a década de 1980 em Portugal. Apesar de curta, a sua discografia foi marcante e continua a influenciar os músicos e a música portuguesa até hoje. Irreverência, excentricidade e muito talento na criação de um estilo aculturado. Aqui podemos encontrar projetos que gravitam entre o pop rock, as sonoridades mais eletrónicas, até ao punk.
A outra novidade em termos de palcos é o lagar de Cem Soldos, novo local dedicado à programação da Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (MPAGDP), que deixa a igreja de São Sebastião, que, este ano, passa a chamar-se Palco Carlos Paredes e irá receber actuações instrumentais, contemplativas e virtuosas de músicos exímios que reinventam a forma de tocar certos tipos de música ou certos instrumentos, nomeadamente violas de arco, guitarras, alaúde ou sonoridades electrónicas desenhadas especificamente para a acústica especial de igrejas.
Há também algumas novidades em termos dos palcos existentes: o Palco Zeca Afonso é também um palco para gente sentada, um local para ver concertos de uma forma mais descontraída, tirando partido do cenário envolvente. O Palco Amália volta a ter concertos apenas à tarde e passa a ser um palco com quatro frentes, proporcionando uma proximidade incrível entre artistas e o público.
Candidaturas abertas para feira e restauração
Até 31 de Maio, a organização do Bons Sons procura interessados em fazer parte da feira que decorrerá em paralelo ao festival de música ou em oferecer serviços de restauração no evento. As candidaturas podem ser feitas aqui e aqui, respectivamente. Quanto à feira, procuram-se novos artesãos e criativos ligados a trabalhos de artesanato e design português, seja através da moda, da joalharia, da fotografia, ilustração, cerâmica, ecologia ou outras expressões da criatividade, sem esquecer o saber ancestral de artesãos ou da partilha de alfarrabistas.
Para a restauração, a gastronomia complementa a oferta cultural e musical do festival, por isso o Bons Sons procura parceiros com propostas gastronómicas estimulantes, sejam elas de cariz local, internacional, petiscos, produtos regionais, vegetarianos ou veganos, entre outros. A organização está também à procura de voluntários para dar uma mãozinha durante o evento.
Para quem quiser ser festivaleiro, os passes de quatro estarão à venda por 45 euros até final de Julho. É sempre importante ter em conta que os bilhetes de cada fase têm um número de unidades limitado e podem esgotar antes de terminar cada uma das fases. Esgotado o número de bilhetes da fase em curso, passam a vigorar os valores da fase seguinte. A partir de Agosto, os passes custam 50 euros. Já os bilhetes diários ficam a 22 euros até final de Julho e a 25 euros a partir daí.