Lançamos-te o desafio: da próxima vez que andares pela rua, te dirigires a um edifício de um serviço público, viajares em comboios ou autocarros – enfim, qualquer que seja o contexto –, olha em volta e procura por uma placa que fale sobre o financiamento em causa.
Na maior parte das vezes, verás uma pequena bandeira da União Europeia (UE), num tamanho inversamente proporcional ao da sua importância para o investimento. De facto, é comum vermos notícias sobre a importância dos fundos europeus para o nosso investimento público, e recentemente soubemos que Portugal é o segundo país europeu que mais fundos recebe.
Mas nem só em euros se mede o impacto da União em Portugal. A título de exemplo, podemos falar sobre as regras europeias que obrigam a mantermos as nossas praias limpas, o nosso ar livre de fluoro-carbonetos, ou até a pagar salário igual para trabalhadores com funções iguais (impedindo, por exemplo, discriminação de género nos salários).
Precisamente por ser tão vasto este impacto, a própria União Europeia decidiu lançar um sítio onde podes saber, de forma sistematizada, “o que a Europa faz por mim”. Dividido em três secções, podes descobrir o que faz a União na tua região, na tua vida, e alguns destaques mais gerais.
Por exemplo, exploremos a região onde me encontro enquanto escrevo isto: Cávado, Portugal. Num instante consigo descobrir que o Bom Jesus, que vejo lá ao longe, a partir da Escola de Medicina da Universidade do Minho, foi alvo de um projecto financiado pela União: “O projecto Bom Jesus: Requalificar II tem como objectivo requalificar tanto a área natural como a edificada no Santuário do Bom Jesus do Monte. Financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) em cerca de 85%, o projecto visa estimular não só o turismo religioso como também paisagístico da cidade.” 85% de… 1,9 milhões de euros. Montante relevante que não seria possível sem esta ‘dádiva’ europeia.
Na secção sobre “A Minha Vida”, posso descobrir de forma rápida quais as vantagens que a UE me garante enquanto estudante de mestrado, e que inclui links para a utilização do orçamento do programa Erasmus+. Fico, assim, a saber que a UE me garante intercâmbios com reconhecimento do percurso académico no estrangeiro no meu percurso “nativo”; aprendo também que a UE tem à disposição empréstimos para ajudar a custear o ano de estudo no estrangeiro. Por fim, a UE diz-nos ainda, confiando no nossos empenho académico: “És capaz de ter por hábito consultar relatórios e bases de dados de agências especializadas da UE, como o EUROSTAT, para obter estatísticas que podem contribuir para fundamentar devidamente os teus trabalhos. Muitas universidades da UE utilizaram igualmente fundos da UE para ampliar instalações, nomeadamente salas de aula, bibliotecas, laboratórios e anfiteatros que frequentas diariamente.”
Uma das críticas mais recorrentes à União Europeia diz respeito à sua dificuldade em comunicar com os cidadãos. Sabendo dos recentes escândalos em eleições recentes nas mais diversas geografias, a União tem feito esforços para transmitir informação aos seus cidadãos, e esta plataforma é um exemplo adicional disso mesmo. O que faz a Europa por ti? Descobre num website perto de ti.
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