Quem é a cantora Maggie Rogers, que os críticos consideram a próxima sensação mundial da música e que apaixonou Pharrell Williams em 2016, emocionando-o num momento que percorreu o mundo através de um vídeo que viralizou na web?
Comecemos pelo princípio da história da cantora.
Maggie Rogers (Margaret Debay Rogers) nasceu a 25 de Abril de 1994 numa zona rural dos Estados Unidos da América, em Maryland. Começou a tocar harpa com apenas 7 anos, seguindo-se o piano e a guitarra, terminando a escrever as próprias canções. Entre as suas primeiras influências estão autores clássicos como Gustav Holst e Vivaldi, ainda que ela cite sempre Bob Dylan, Joni Mitchel, Sufjan Steven’s, Bon Iver, Feist e Vampire Weekend.
Além disso, ainda que tenha crescido numa região onde reina o Folk, deixou-se também seduzir por divas do Neo-Soul e R&B como Lauryn Hill que a sua mãe ouvia, o que contribuiu para a sua sensibilidade pop. Auto-edita em casa os seus primeiros álbuns Echo em 2012 e Blood Ballet em 2014 após uma passagem por um curso de verão em Boston, ambos com uma grande influência folk, típico da região de onde é natural.
Entretanto contactou com a música eletrónica durante a sua estadia em França o que contribuiu para chegar ao estilo musical, o electro-folk, que nos revela em “Alaska” a canção que a fez saltar para a fama em 2016. Uma música que foi escrita inacreditavelmente em apenas 15 minutos no decorrer de uma Master Class no Davis Institute da Universidade de Nova Iorque liderada por Pharrell Williams. O cantor emocionou-se com o talento de Maggie, protagonizando um dos momentos com mais visualizações daquele ano através de um vídeo que percorreu o globo.
A cantora de apenas 24 anos lançou um ano depois em Fevereiro de 2017, o EP Now the light is fading. Entretanto lançou no último ano em datas escolhidas a dedo “Fallingwater”, “Give a Little” e “Light On”, canções do álbum que podemos ouvir desde 18 de Janeiro, Heard in a Past Life. O significado dos dias de lançamento das suas músicas acompanha também o significado das letras das mesmas, que Maggie faz questão de partilhar com todos nós.
Numa catarse, que podemos aplicar a nós mesmos, a cantora reflete sobre as mudanças na sua vida, neste caminho que a lançou para a ribalta tão jovem. Disse em Julho à Diy Magazine: “a minha música é sobre mudança e transição e como pode ser fantástico mas aterrorizador com tudo o que envolve o durante”. Já sobre o género musical em que se insere, diz-nos que não podemos colocar a sua música num só género.
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Alt rock, indie-pop ou electro-folk, Maggie acrescenta que nenhuma destas categorias a preenche dizendo: “Eu alcancei um ponto onde desejava fazer mais música mas não sabia o que pretendia então deixei de pensar a música por género e fui para o estúdio ser apenas criativa. Agora escrevo por instinto.”
O mundo começou a poder ouvi-la em digressão desde o final de 2018, tendo actuado no Reino Unido com os Mumford and Sons. Em Junho deste ano irá actuar na Irlanda com Hozier e no decorrer do restante ano fará a digressão do seu álbum Heard in a past life para apaixonar a Europa, a Austrália e os Estados Unidos.
Deveria aliás dizer que são os cantores que vão actuar com ela, ou muito me engano ou cada vez mais serão muitos os que a vão querer incluir nos seus espectáculos. Admiro profundamente esta jovem, por ter tido a coragem de sair da sua zona de conforto e enfrentar os tubarões e por fazer aquilo que sinceramente acho ser o único caminho para um cantor ter sucesso no mundo da música que é basicamente ser um tudo em um: ela toca, ela escreve ela edita.
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Quantas boas vozes não ouvimos em concursos de música em Portugal mas que não chegam a parte alguma porque fazem falta compositores?
O cantor para ter sucesso tem que ser inevitavelmente músico, no fundo um tudo em um…
Em Portugal entretanto esperemos que os senhores da organização dos nossos grandes festivais que não ficam aliás nada atrás comparativamente com “os grandes festivais do mundo” leiam o Shifter e reparem na cantora porque não tenho dúvidas que nos vai apaixonar a todos.
Eu já estou conquistada e tenho a “Light On” para estar na primeira fila desse futuro concerto nem que por fim tenha que viajar até ao “Alaska” para a ouvir. Ouvi dizer que a passagem pelo Alaska nos faz respirar melhor…
Texto de Mafalda G. Moutinho
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