Longe vão os tempos em que o Farmville era um dos jogos de eleição de boa parte dos internautas, ainda assim, a agricultura virtual não passou de moda. Antes pelo contrário, ganhou nova tracção com o público a virar-se para um jogo bem mais desenvolvido, o Farming Simulator, existente desde 2008.
O jogo, que se tornou especialmente popular nos últimos anos, reunindo cerca de uma milhão de jogadores em todo o mundo, prepara-se agora para permitir a profissionalização da vida destes agricultores ao criar uma liga virtual.
Farming Simulator torna-se assim na mais recente adição ao mundo dos eSports e das eLeagues com uma liga anual que será subdividida em 10 torneios que serão jogos em vários países da Europa e terminará na FarmCon 2020, um evento promovido pela criadora do videojogo.
Esta não é a primeira vez que a empresa testa este modelo competitivo entre jogadores, já antes tinha feito uma espécie de liga, mas agora acredita-se que a mediatização possa ser diferente, aproveitando o balanço dado por outros títulos a este mundo. Outra diferença substancial está no prémio dedicado ao torneio e ao vencedor. Se nas tentativas anteriores o pool prize (soma total dos prémios) rondava os 3 mil euros, desta feita o valor estabelecido é de 250 mil euros. A passagem para o mundo do eSports também é impulsionada por um novo modo de jogo competitivo que opõe três jogadores em cada equipa.
Numa nota curiosa dizer que este jogo é para quem tem saudades do campo e quer experimentar a agricultura mas não só. Numa reportagem feita no ano passado pelo The Guardian, a produtora do jogo anunciou as suas estimativas de que pelo menos 8 a 10% dos jogadores sejam agricultores profissionais, histórias que o jornal britânico conta na sua peça.
O jogo é um fenómeno — embora de nicho — tão relevante que a empresa Saitek criou um controlador especialmente dedicado, simulando o volante e os pedais de um tractor.
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