Shadow ban, moderação artificial e o exemplo israelo-palestiniano
Já ouviste falar em shadow ban? Provavelmente já, mas não é o que parece. A moderação automática de redes sociais é o novo normal e com ela surgem questões pertinentes.
Já ouviste falar em shadow ban? Provavelmente já, mas não é o que parece. A moderação automática de redes sociais é o novo normal e com ela surgem questões pertinentes.
Os memes que se aproveitam da saudade de épocas passadas são retrobait, acumulando gostos e partilhas em nome de uma nostalgia acolhedora. Mas, por detrás desse sentimento caloroso e confuso, há empresas digitais a extrair os teus dados e a ganhar dinheiro com a tua saudade.
Catarina Gonçalves esteve pelo 2.º ano consecutivo na COP, o maior evento dedicado ao clima a nível mundial. Desde que voltou, não pára de pensar no que viu e ouviu.
Alex Couto falou com o menswear guy, a autoridade de moda imposta pelo algoritmo de Twitter capaz de conquistar os corações sartoriais (um thread de cada vez). Uma conversa sobre moda e a forma como podia ser uma consequência da vida, em vez de um fim em si mesmo.
Um artigo científico publicado em 2020 prometia revolucionar o diagnóstico de cancro. Quando outras equipas não obtiveram os mesmos resultados, foram lançadas dúvidas sobre a investigação e sobre a empresa que se fundou inspirada nas conclusões.
Não somos nós, utilizadores, que decidimos onde ir, mas as redes sociais que calculam – no sentido mais matemático do termo – onde nos querem levar. E se isso pode ter um efeito prático útil, os efeitos secundários merecem mais atenção.
Práticas culturais absolutamente arbitrárias parecem suceder-se em catadupa — poderá isso estar relacionado com status?
Meredith Whittaker tornou-se numa das principais vozes na defesa da ética dos produtos tecnológicos, da diversidade das equipas e do respeito pelos utilizadores. Conversou com o Shifter sobre todas essas questões, com os recentes desenvolvimentos de Inteligência Artificial no centro da conversa.
O Shifter é uma revista de reflexão e crítica sobre tecnologia, sociedade e cultura, com a missão de contribuir para uma melhor compreensão do mundo
Para além dos resultados em termos de performance, que abordaremos mais à frente, o lançamento do GPT-4 trouxe consigo uma novidade. Pela primeira vez, alegando “o panorama competitivo e as implicações de segurança de grandes modelos de linguagem”, o artigo relatando o novo lançamento da OpenAI não aborda em detalhe a arquitectura do modelo, o hardware envolvido, as fórmulas de treino, os métodos usados, ou os dados de treino.
O caso Sokal não só é injusto para os estudos culturais como beneficia tremendamente as ciências e previne que um olhar mais sério e cético seja colocado sobre inumeráveis estudos.
O documentário “O Acto de Matar”, de Joshua Oppenheimer, nomeado para um Oscar em 2013, mostrou ao Norte Global as práticas dos esquadrões de morte indonésios nesse período, em que o Estado massacrou — com o apoio dos Estados Unidos — mais de um milhão de Indonésios acusados de serem comunistas. O Método de Jacarta” (Temas e Debates), primeiro livro do jornalista Vincent Bevins, lançado em 2020, é uma análise histórica desses acontecimentos.
Meses depois de Jordan Peele estrear Nope, o seu último filme, Rita Mota convida-nos a olhar criticamente para o que existe além das imagens.
Ao longo dos últimos meses, o ChatGPT alcançou uma popularidade inquestionável na internet, mas há muito para compreender além do superficial.
Prémios, entrevistas, um estúdio em expansão… Os fãs celebravam a grande vitória da criatividade sobre a incessante repetitividade de franchises e o fetichismo do realismo, e os criadores agradeciam publicamente a Marx e Engels na recepção dos Video Game Awards. Mas, como diz a frase tornada célebre pelo antropólogo russo Alexei Yurchak, “tudo era para sempre, até não o ser mais.”
Do Linhó para o Leffest, depois para a Cova da Moura — Angela Davis e Gina Dent passaram por Lisboa para falar sobre abolicionismo. O Shifter publica algumas notas sobre esta passagem.
O RASI é anualmente publicado pelo Governo para escrutínio público e parlamentar do trabalho das autoridades policiais nacionais. Nas suas páginas, apresenta-se um balanço da criminalidade nacional e identificam-se as principais ameaças à segurança interna. As populações dos “bairros degradados”, “bairros problemáticos” e, actualmente, “Zonas Urbanas Sensíveis” (ZUS), são um dos focos principais destes relatórios desde a sua origem.
Uma história sobre a complexa relação das redes sociais na adolescência e na saúde mental.
Decidimos recorrer a uma dessas antropólogas, Inês Faria, para falar sobre o seu trabalho etnográfico em várias comunidades cripto. A Inês é autora de uma série de artigos onde se baseia em teorias de religião, mito, fé e ritual, para aumentar a nossa compreensão sobre o que faz com que as comunidades cripto funcionem e do papel que a blockchain desempenha.
No final de 2020, Snowden pediu cidadania russa e, dois anos depois, Putin concedeu-a. O denunciante vai mantê-la com a sua cidadania norte-americana porque quer poder viver junto dos seus filhos.
Bolsonaro conseguiu construir uma aliança entre a bíblia, o ‘Olavismo’ (movimento que luta por uma hegemonia social e cultural ultraconservadora), as forças de segurança e o capital (agrário, financeiro e comercial). Após quatro anos, duas nomeações para o Supremo Tribunal Federal e cinco ministros da educação, qual o verdadeiro legado de Bolsonaro para além das 680 mil mortes de covid-19?
A Amazon, empresa liderada por Jeff Bezos, um dos homens mais ricos do mundo, prepara-se para comprar a iRobot, empresa produtora dos famosos aspiradores Roomba, por um valor a rondar os 1,7 mil milhões de dólares. E, se à primeira vista é apenas mais um dia no escritório, com uma grande empresa da tecnologia a comprar outra bastante promissora, as particularidades do negócio merecem atenção.
A estrutura destes poemas apresenta-se adaptada aos constrangimentos impostos pelas suas configurações. Por esse motivo, é imperativo fazer a distinção entre o poeta que escreve para as redes e o poeta que instrumentaliza as redes sociais como um meio de divulgação, sem comprometer o resultado final do poema.
As redes sociais tal como as conhecemos vão desaparecer? O TikTok está a levar a profundas alterações nas plataformas sociais de primeira geração, como o Facebook e o Instagram.
Giada Pistilli, especialista em ética aplicada a sistemas de conversação com IA, não precisou de mais de 11 de tweets para expôr a sua desilusão com o debate em torno da tecnologia, abordando a famigerada discussão sobre IA consciente.
Uma sessão de notícias no telejornal revela-nos como acontecimentos digitais se tornam importantes na vida real, o ex-Presidente dos Estados Unidos da América mostrou o que é preferir o Twitter para se fazer chegar à população e imensa gente anda lá a perder tempo todos os dias. Ainda assim, não me parece que nada disso justifique que alguém se avalie a si próprio pelo seu sucesso no social-digital.
Como referiu uma das cientistas envolvidas neste projecto, Jane Rigby, “para o [telescópio] Webb não há céu vazio, para onde quer que olhe vê galáxias distantes”. E se essa é uma das grandes novidades deste telescópio, a nossa relação com a fotografia convencional pode dificultar a interpretação dos resultados.