Fumaça ganha nova bolsa de jornalismo, desta vez de 175 mil euros

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Fumaça ganha nova bolsa de jornalismo, desta vez de 175 mil euros

Projecto já tinha conquistado a atenção da Open Society Foundations em 2018, tendo obtido na altura uma bolsa de 80 mil euros.

Fumaça, projecto jornalístico que se auto-afirma “independente, progressista e dissidente”, venceu uma nova bolsa de apoio ao jornalismo independente, no valor de 175 mil euros, atribuída pela Open Society Foundations. É o segundo fundo atribuído pela fundação a ser ganho pela equipa, que conseguiu 80 mil euros em Abril de 2018.

Com este apoio, ​Fumaça irá contratar novas pessoas para reforçar três áreas da sua equipa: jornalismo, ​marketing e​ angariação de fundos, e design e multimédia. De acordo com uma nota enviada às redacções, os objetivos para 2019 e 2020 estão traçados: apostar em jornalismo de investigação, com profundidade e tempo para pensar, ​explicando os “comos” e os “porquês” dos acontecimentos que condicionam as nossas vidas, e ainda expandir a área de actuação para o Brasil e Angola, tendo jornalistas brasileiros e angolanos a fazer reportagens a partir desses países.

O ​contrato assinado​ com a Open Society Foundations, do magnata George Soros, está disponibilizado no ​website​ do Fumaça de forma transparente, onde pode também consultar-se o ​orçamento​ e plano de gastos para 2019 e 2020. Esta nova bolsa irá garantir a sustentabilidade do projecto até meio de 2020, sendo a meta declarada pelos seus membros alcançar a sustentabilidade através de contribuições individuais de quem ouve, vê ou lê os seus trabalhos. Neste momento, já ​mais de 100 pessoas contribuem​ mensalmente para que o Fumaça exista, um número que quadruplicou desde que o projecto se profissionalizou, em Abril de 2018.

“Defendemos a transparência de todo o processo que envolve a prática jornalística e, por isso, defendemos que se apresente de forma clara quem o faz e quem o financia. Viver apenas de quem nos apoia ainda é curto, sabemos isso. Mas esta bolsa vai ajudar-nos a chegar a esse objectivo, a contratar profissionais que nos farão chegar lá.”, defende Ricardo Ribeiro, jornalista no Fumaça e co-fundador do projecto, em comunicado. “Recusamos a ideia de que as pessoas não queiram pagar por informação. Querem, mas apenas a que consideram boa, pensada, estruturada. Onde possam ver o trabalho e a honestidade de quem a produziu. E, principalmente, por projectos que façam menos, mas bem. É preciso reconquistar a confiança do público.”

Fumaça foi fundado em Junho de 2016 e conta com mais de ​200 trabalhos lançados​, entre entrevistas, reportagens ou séries documentais. O projecto arrancou como É Apenas Fumaça, mas desde Julho do ano passado que esse é apenas o nome de um dos seus trabalhos, o podcast que acumula mais de meio milhão de audições desde o seu início. Palestina: Histórias de um País Ocupado foi um dos principais destaques do Fumaça em 2018.

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