Especialista em Blockchain detido e acusado de ajudar Coreia do Norte

Especialista em Blockchain detido e acusado de ajudar Coreia do Norte

1 Dezembro, 2019 /
Virgil Griffith via Linkedin

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De acordo com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Virgil Griffith é acusado de ter feito uma apresentação sobre os preceitos técnicos da Blockchain e de ter aconselhado o governo de Pyongyang sobre formas de evadir as sanções económicas e lavar dinheiro recorrendo a esta tecnologia.

Virgil Griffith é um conhecido programador norte-americano conhecido pelo seu alter-ego Romanpoet, e pelo seu envolvimento em projectos como o WikiScanner – que permitia detectar a proveniência de alterações na Wikipedia – , ou a proxy Tor2Webe, que desenvolveu em colaboração com Aaron Swartz em 2008. O norte-americano de Birmingham, Alabama, é agora notícia por ter sido preso no passado dia 28 de Novembro. A residir actualmente em Singapura, o programador de 36 anos foi detido no Aeroporto de Los Angeles e arrisca uma pena de até 20 anos de prisão, acusado de assistência ao governo da Coreia do Norte.

Segundo um porta-voz do FBI, Virgil Griffith esteve em Abril numa conferência em Pyongyang, onde forneceu informações sobre como o governo Norte-Coreano podia evitar as sanções económicas norte-americanas utilizando a tecnologia blockchain.

Virgil Griffith, que nos últimos anos tem dedicado a sua carreira a esta tecnologia de ponta, sendo um dos membros mais mediáticos da Ethereum Foundation – e que é também conhecido pelo alter-ego Romanpoet — terá pedido autorização para participar no evento Pyongyang Blockchain and Cryptocurrency Conference e terá visto o seu pedido negado, mas terá levado avante a sua intenção.

Como se pode ler num comunicado publicado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Virgil Griffith é acusado de ter feito uma apresentação sobre os preceitos técnicos da Blockchain e de ter aconselhado o governo de Pyongyang sobre formas de evadir as sanções económicas e lavar dinheiro recorrendo a esta tecnologia.

O caso está agora entregue à Unidade de Terrorismo e Narcotráfico Internacional e tanto os pormenores da acusação como os próximos capítulos ainda são difíceis de prever. Como se pode ler no mesmo comunicado, a pena de 20 anos que aparece citada na acusação surge apenas por obrigação burocrática de enquadramento penal.

Autor:
1 Dezembro, 2019

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