‘Grand Theft Europe’ não é um jogo, é uma investigação sobre uma mega fraude

Procurar
Close this search box.

‘Grand Theft Europe’ não é um jogo, é uma investigação sobre uma mega fraude

A democracia precisa de quem pare para pensar.

Num ambiente mediático demasiado rápido e confuso, onde a reação imediata marca a ordem dos dias, o Shifter é uma publicação diferente. Se gostas do que fazemos subscreve a partir de 2€ e contribui para que tanto tu como quem não pode fazê-lo tenha acesso a conteúdo de qualidade e profundidade.

O teu contributo faz toda a diferença. Sabe mais aqui.

Investigação jornalística envolveu 63 jornalistas de mais de 30 países.

Promovido pela organização sem fins lucrativos de investigação alemã, Correctiv, ficou esta semana online mais uma mega reportagem que revela um complexo esquema fraudulento que se diluiu um pouco por toda a Europa, provocando um prejuízo acumulado no erário público dos vários países de cerca de 50 mil milhões.

Na investigação, estiveram envolvidos 63 jornalistas de mais de 30 países, que colaboraram no cruzamento de informação e tratamento de dados entre os vários países e as várias autoridades tributárias; entre estes e como representação nacional portuguesa esteve, como é hábito neste tipo de consórcio, o jornal Expresso através da jornalista Elisabete Miranda.

O revelado na grande reportagem é apresentado como uma das maiores fraudes ainda em decurso na comunidade europeia, um esquema que passa pela criação de sociedades empresariais em ‘carrossel’ de modo a arrecadar o dinheiro do IVA de determinadas transacções, como explicado no vídeo:

A jusante de todo o esquema fraudulento, o consórcio de investigação aponta ligações a núcleos de radicalização islâmica e a redes de financiamento terrorista centralizadas no Paquistão e no Afeganistão.

A história completa segue Amir Bahar (nome fictício) e revela como desde jovem este compreendeu o potencial do esquema e o começou a utilizar. De resto, o caso já se arrasta há alguns anos sendo o objecto de troca sucessivamente alterado. Como explica aos jornalistas, Pedro Seixas Felício, o português responsável pela Divisão dedicado aos crimes de ‘colarinho branco’, o esquema começou por ser posto em prática no sector alimentar migrando posteriormente para diferentes produtos como metais, telemóveis, processadores, carros e bens virtuais como créditos de telemóvel pré-pagos ou, por último, certificados de emissão de dióxido de carbono.

A investigação completa pode ser lida em inglês ou alemão aqui. O resumo em português, feito pelo Expresso, pode ser lido aqui mediante registo na plataforma Nónio.

Índice

  • Shifter

    O Shifter é uma revista comunitária de pensamento interseccional. O Shifter é uma revista de reflexão e crítica sobre tecnologia, sociedade e cultura, criada em comunidade e apoiada por quem a lê.

Subscreve a newsletter e acompanha o que publicamos.

Eu concordo com os Termos & Condições *

Apoia o jornalismo e a reflexão a partir de 2€ e ajuda-nos a manter livres de publicidade e paywall.

Bem-vind@ ao novo site do Shifter! Esta é uma versão beta em que ainda estamos a fazer alguns ajustes.Partilha a tua opinião enviando email para comunidade@shifter.pt