Kamaal Williams em Cascais, a improvisação é o seu talento

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Kamaal Williams em Cascais, a improvisação é o seu talento

"A vida é sempre a inspiração, o que sai quando gravamos ou no palco é um resultado directo do que sentimos no dia-a-dia. Improvisação é sobre viver no momento e esse é o plano de Kamaal para o ID No Limits."

Kamaal Williams, também conhecido como Henry Wu, apresenta-se este fim-de-semana no festival ID No Limits, em Cascais, numa performance que, segundo conta ao Shifter, será improvisada: A vida é sempre a inspiração, o que sai quando gravamos ou no palco é o resultado directo do que sentimos no dia-a-dia. Improvisação é sobretudo viver o momento e esse é o plano para o ID No Limits.”

Kamaal Williams, produtor e músico britânico, ganhou grande foco ao lado do baterista Yussef Dayes em 2016, numa parceria que resultou num grupo de jazz chamado The Yussef Kamaal Trio; Kamaal e Yussef lançaram juntos o prestigiado Black Focus, um álbum de jazz contemporâneo e experimental com influências do funk e do soul, e um conjunto de beats muito particulares, que vão do afro ao broken beat.

Por conta desse álbum, Kamaal e Yussef receberam o prémio Breakthrough Act na edição de 2017 dos prémios Jazz FM e fizeram uma digressão por todo o mundo, que passou por dois festivais no norte de Portugal, o Milhões de Festa, em Braga, e o Matéria Festival, no Porto.

Fora o projecto conjunto de Black Focus, Kamaal Williams lançou pequenos EPs com o selo da Eglo Records e nos quais explorava batidas mais electrónicas, usando o nome Henry Wu. Mas em 2018 decidiu largar o Henry Wu e recomeçar como Kamaal Williams: The Return saiu com a Black Focus Records e é o primeiro álbum a solo de Kamaal e o motivo da sua vinda ao ID No Limits. “Portugal sabe como se divertir, por isso é sempre um prazer actuar aqui. A cena do jazz electrónico em Portugal continua a crescer e estou ansioso para ver o que o talento local está a fazer.”

The Return traz batidas entre o jazz-funk da Black Focus Records e as vibrações de meditações de suas primeiras produções lançadas no selo da Eglo. É um disco com uma atmosfera particularmente acessível, que simultaneamente representa o mundo do novo jazz londrino.

A musicalidade cósmica e espiritual de Kamaal Williams tem vindo a chamar a atenção de vários outros produtores, principalmente pelo sua performance ao vivo. Como muçulmano, a sua fé desempenha um papel importante nas abordagens de sua carreira. Kamaal menciona sempre a sua fé como uma liberdade de preocupações sobre como poderá ser recebido pela crítica e permite que ele e a sua banda se concentrem inteiramente quando tocam ao vivo.

Quanto ao futuro, Kamaal partilhou num Twitter uma parceria com a artista IAMDDB. Será que existe algum plano para trazer o resultado ao vivo para Lisboa? “Nós trabalhamos juntos, sim, ela é uma força real, um grande talento. Quem sabe o que vai acontecer no dia [do ID Limits]!”

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  • Igor Murta

    É engenheiro, consumidor compulsivo de música. Adora temas com sabor a arroz com feijão ou bacalhau - é brasileiro e vive em terras lusas desde de 2009.

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